Victor Uchôa: Xote do leite derramado

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  • Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2017 às 05:04

- Atualizado há um ano

Deixemos de lado, ao menos por agora, caro leitor ou bela leitora, a devidamente conhecida falácia de que o Vitória montou, no início de 2017, um time para ser competitivo em todas as competições que disputaria. O passar dos meses se encarregou de comprovar a lorota, não é novidade pra ninguém. Então, aqui neste xote descompassado, fiquemos somente com uma questão: a defesa rubro-negra.O pessoal que gosta de estatística já tratou de apontar: dos 11 gols que o Vitória sofreu na pífia campanha do Campeonato Brasileiro, em sete deles a rapadura foi entregue pelo próprio time. Se com todo mundo fazendo o seu certinho já é difícil, imagine com essa benevolência toda!Mas, a bem da verdade, só foi pego de surpresa agora quem quis. Basta olhar as opções que Gallo tem para montar o sistema defensivo (defensivo, no caso, é modo de dizer) que facilmente se percebe a grande probabilidade de dar merda.Já em fevereiro, escrevi aqui neste rincão sobre as contratações do Vitória para a defesa. Anotei: “dois jogadores foram trazidos de um Internacional que se notabilizou por ter uma defesa medonha – não à toa, o time foi parar na segunda divisão. Mesmo assim, Alan e Geferson eram reservas, o que deveria ser um indício de como vinham atuando no ano passado”.Como se sabe, Alan Costa faz parte da estatística de quem já deu o leite no Brasileiro. E Geferson... bem, sem comentários.A eles, logo no pacote inicial, somou-se Fred, que ganhou fama há uns anos mais pelos gols que fazia do que pelas jogadas adversárias que cortava. Essa semana, contra o Santos, no Barradão, ficou claro que ele continua eficiente na colaboração em jogadas de gol.  Poderia aqui citar outros integrantes do setor defensivo (?) rubro-negro que contribuíram para os números de erros fatais, mas ninguém merece ficar remoendo cada lance desse em pleno dia de São João.Vale lembrar, entretanto, que no meio disso tudo, os gênios que tomam (ou tomavam) as decisões na Toca do Leão resolveram emprestar Ramon para um time de Israel. O garoto já deu sabe-se lá quantas provas de qualidade, mas no Brasileiro do ano passado, atuando num time todo troncho, não segurou a onda e teve uma queda de rendimento.Em vez de darem atenção a isso, mandaram Ramon pra casa do chapéu, onde, em cinco meses, ele atuou em apenas três partidas. De volta ao Vitória, obviamente sem ritmo de jogo, talvez sobre para o jovem a tarefa de tentar dar mais segurança à defesa. E, se falhar, boa parte da torcida ainda vai achar que a culpa é dele.        Nem o fator Barradão, o grande diferencial rubro-negro em qualquer disputa, é capaz de ajudar se o time não tiver um mínimo de solidez. E quando a luta, ainda no início da competição, já é para fugir do rebaixamento, os mínimos deslizes expõem o tamanho da bagunça.No ritmo que vai esse Brasileirão até agora, o puxador da quadrilha rubro-negra só tem uma coisa pra dizer: “Olha o Vitória fora da zona! É mentiiira!”.