Virada do ano é pontapé para organizar a casa; saiba como começar

Listamos 12 instituições que recebem doações de voluntários em Salvador

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  • Naiana Ribeiro

Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 06:03

- Atualizado há 10 meses

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Para muita gente, final de ano é sinônimo de folga, festa, reunião de amigos e da família. Mas também é uma oportunidade de aproveitar o tempo livre e organizar a casa, mexer nas gavetas e armários, fazer aquela faxina, colocar as coisas em seu devido lugar e, de quebra, trabalhar o bem-estar.

A organização da casa já é uma rotina na vida da empresária baiana Rita Brandão, 48 anos. No final do ano, ela aproveita que o lar vira ponto de encontro da família para tirar os objetos que não fazem mais sentido, separar outros para reparo e ressignificar outros itens no ambiente.

“Gosto de arrumar a casa para receber as pessoas. Começo pela sala, onde coloco a árvore de Natal, e todo ano faço uma análise geral. Vejo se precisa trocar o forro do sofá, se a mesa de vidro está quebrada, se o lavabo está ok... Depois vou para os quartos, armários e estantes”, conta ela, que também é designer de bolos. Rita Brandão tem o hábito de organizar a casa o ano inteiro, mas intensifica no Natal (Foto: Divulgação) Muito por conta da crise, Rita não faz mais tantas compras nessa época. Ela utiliza os objetos da própria casa para dar um novo significado ao novo ano. Também aproveita para rever tudo o que possui e dar novos usos para o que não usa faz tempo: “Quando os filhos crescem, sempre temos algo para dar. Também doo bijuterias e roupas que não gosto mais. Todo mundo tem alguma coisa que não usa mais. Saber que têm pessoas que vão usar aquilo é revitalizador”.

Bom pra mente Esse movimento, portanto, traz benefícios não só para terceiros como para a própria pessoa, destaca a psicóloga Ana Lúcia Maranhão. “Uma coisa que não faz mais bem para você pode fazer bem para outra pessoa. Quando a gente está limpando, organizando, estamos esvaziando um espaço para abrir portas para o novo. Traz benefícios físicos, por conta da higiene, mas ainda ajuda na saúde mental. Refresca tudo aquilo que está parado e inutilizado e coloca tudo em movimento”, fala.

O que não necessariamente significa comprar itens novos, como ressalta a especialista em sustentabilidade Chiara Gadaleta. Além de doar para brechós ou instituições que ajudam pessoas em vulnerabilidade social, ela ressalta que existem destinações mais conscientes às peças de roupa ou objetos quando terminam suas vidas úteis.“Verifique se é possível consertar a peça. Um rasgo ou furo podem ser reformados e evitam descarte incorreto ou prematuro. Um móvel ou objeto também pode ser reaproveitado. E use a criatividade e técnicas como reaproveitamento para transformar roupas e objetos em desuso em outros que podem continuar servindo”, recomenda. Confira entrevista completa com ela. Especialista em sustentabilidade Chiara Gadaleta comanda série de organização que estreia dia 8 de janeiro (Foto: Cauê Moreno/Discovery H&H/Divulgação) Funcionalidade E foi justamente pensando na sustentabilidade e na mudança de hábitos de consumo que a advogada Dulce Salles, 45, revolveu iniciar um processo longo de organização. Ela, que se considerava uma pessoa desorganizada, contratou a consultoria da baiana Kika Maia (@kikamaiaplus) para lhe ajudar com a arrumação do armário. “Só movimentava cerca de um terço do guarda-roupa. Tinha um armário cheio de roupas que não usava. Organizamos e o tornamos super funcional. Desde então, muita coisa mudou na minha vida. Me senti mais leve, renovada, e o ambiente ficou mais ventilado, mais limpo. Hoje consigo visualizar tudo o que tenho”, comemora.

Durante o processo de organização, ela encontrou peças que não via há anos e que nem lembrava que existiam. “Comecei a usá-las e mudar as combinações. Outras doei. Essa organização no armário acabou se estendendo para documento, livros, e estou preparando para levar pro trabalho”, conta.

Arrumação de armários Mas antes de começar a organização, é preciso saber o que você possui – exercício que, inclusive, é um dos conceitos do consumo consciente. “Muitas vezes, a gente tem bastante coisa no guarda-roupa e só precisa fazer novas combinações e para abrir a mente. Comece separando as coisas de frio e colocando em outro lugar”, recomenda Kika.

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Entre as técnicas para perceber se algo está sendo usado ou não, a consultora indica que a pessoa vire o cabide toda vez que usar uma roupa. “Separe essas roupas. Se você não lembrar delas, é porque podem ser ressignificadas”, ressalta.

Na revitalização do guarda-roupa, Kika prefere retirar todas as peças e fazer uma análise, “inclusive para perceber se as peças têm a ver com você”. O ideal é que a pessoa separe as roupas em quatro pilhas.

“Gosto de começar pelas partes de baixo – como calças e shorts. Tire do armário o que não cabe. Se está folgado, guarda em uma pilha, e se está apertado coloca em outra. É uma peça que você tem que fazer um reparo? Coloca em uma terceira pilha e em uma quarta coloque o que vai doar ou levar para brechó ou bazar. Não misture com as roupas que você está usando”, resume. (Foto: Evandro Veiga/CORREIO) A mesma análise deve ser feita com outros itens, como blusas. É importante perceber quais peças ‘casam’ com quais calças para ver se não tem ali uma blusa ‘perdida’ – que não tem nada a ver com você ou que não tem uma parte de baixo que combine: “Não tem lógica manter no armário uma coisa que a gente acha que vai vestir um dia. Aproveite o pique para fazer a mesma coisa com vestidos, sapatos e lingerie, bijuteria, etc”.

Antes de tirar uma peça, busque novas combinações no Pinterest ou no Instagram, redes sociais que têm referências interessantes. “Você pode encontrar nova combinação que nunca imaginou e é testando que a gente vê se gosta ou não”, garante Kika. Dica de leitura: best-seller da organização O livro A Mágica da Arrumação, da japonesa Marie Kondo, se tornou um fenômeno mundial por apresentar uma abordagem inovadora para a arrumação. Seu método é fundamentado no sentimento da pessoa por cada objeto que possui. Para decidir o que manter e o que jogar fora, você deve segurar os itens um a um e perguntar a si mesmo: “Isso me traz alegria?”. Você só deve continuar com algo se a resposta for “sim”. Organizando a casa De acordo com a arquiteta e organizadora pessoal Juliana Ribeiro, o mais importante é cada um organizar os objetos da casa de forma que se tornem funcionais em sua rotina. Para ela, a primeira etapa da arrumação também envolve esvaziar armários e estantes de determinado cômodo e avaliar o que você realmente gosta: “Aproveite o tempo livre do fim do ano para tirar tudo. Fique só com o que te dá alegria e prazer. Tem vezes que a gente não usa porque não gosta, tem coisa que a gente esqueceu que está lá”.

Depois limpar o espaço e fazer essa avaliação, a organizadora recomenda que a pessoa crie formas próprias de categorizar seus objetos. “Visualizar o espaço vazio ajuda a pensar na melhor forma de organizar aquilo para que seja funcional. Tente agrupar coisas do mesmo tipo no mesmo lugar. Deixe o que você mais usa à mão. Na cozinha, por exemplo, as coisas de servir têm que estar perto da mesa... Pense no que for melhor para você”, afirma a especialista.

A lógica dessa organização pode ser pelo material ou pela cor. “A harmonia estética traz uma sensação de bem-estar enorme. Agrupe todos as coisas de vidro em um lugar. Também dá para separar o que é de metal e o que é de vidro”, exemplifica Juliana. Para quem tem muitas camisetas, vale organizá-las na vertical, pois dessa forma você ganha muito mais espaço. As divisórias de gavetas separam as categorias e deixam a gaveta organizada, prática e facilita manter tudo ordem sempre (Foto: Reprodução/Pinterest) Outra dica é manter todos objetos visíveis: dá para organizar os copos em fileira - com um exemplar na frente, dá para saber o que vai ter atrás. Quem possui objetos que se usa raramente – como máquinas de pão, massas ou panelas de fondue – deve coloca-los em locais mais altos. “Use caixas e saquinhos, transparentes para separar algumas coisas e ver o que tem dentro. Saquinhos de Organza são ótimos para organizar bolsas e sapatos. Já com as roupas, use a dobra vertical. Assim, você enxerga todas as blusas e não bagunça o armário”, fala. Saquinhos de Organza ajudam na arrumação: 'e ainda são lindos', diz Juliana (Foto: Reprodução/Instagram) Instituições que recebem doações em Salvador

Abrigo Dom Pedro II: A instituição, que cuida de idosos, recebe todo tipo de doação, das 14h às 16h. Fica na Rua Juiz Orlando Heleno de Melo, 319 - Piatã. Mais infos: (71) 3313-5529.

Associação Nordeste Jiu-Jitsu MMA: O centro de treinamento para crianças carentes da Boca do Rio (R. Prof. Pinto de Aguiar, 22) continua recebendo doações. Interessados devem procurar o responsável Yuri Carlton através do e-mail: [email protected] ou nos telefones: (71) 99266-6097 e (71) 98880-6308.

Creche Sorriso de Criança: Recebe ajuda financeira, além de doações como roupas, brinquedos, livros, etc. Fica na Rua Jardim Castro Alves, nº 38 B, Jardim Cruzeiro – Caminho de Areia. Os interessados em colaborar podem ligar para Magnólia Cunha: (71) 3313-0164 e (71) 98854-8132.

Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC): Aceita doações financeiras, de brinquedos, roupas, livros, etc, diariamente, das 9h às 17h30, na sede do grupo (Avenida Oceano Pacífico, 210, Recanto das Ilhas, no bairro de São Marcos, em Salvador). Quem quiser visitar as crianças, pode agendar através do número (71) 3399-2010 ou enviar um e-mail para [email protected].

Lar Irmã Benedita Camurugi: A instituição, que cuida de crianças, vive de doações. Para ajudar, o voluntário pode procurar a unidade no bairro da Cidade Nova, em Salador (Avenida Passos, nº. 08 (ao lado da Igreja São Judas Tadeu). Interessados podem comparecer ao local das 9h às 18h. Os telefones para contato são: (71) 3298-4581/ (71) 3234-6464.

Lar Vida: Os interessados podem fazer visita à instituição na Estrada Velha do Aeroporto (Av. Aliomar Baleeiro km 5 – Sítio Ipitanga), em Salvador, perto do estádio Barradão . Eles recebem todo tipo de doação: roupas, brinquedos, artigos de limpeza e higiene, entre outros. O telefone para contato é (71) 3393-3342.

Natal sem Fome: Campanha arrecada alimentos que serão doados para algumas das principais entidades beneficentes de Salvador. Doações podem ser feitas até quinta, dia 20 de dezembro. Confira os diversos pontos de coleta da cidade em bit.ly/Doações2018.

Natal Solidário MST: Aceita brinquedos, livros infantis e roupas. Entregas podem ser feitas no Bar Caras & Bocas (R. Carlos Gomes, 162 - Dois de Julho). Mais informações com Rosy Silva: (71) 99958-5625 e (71) 98813-8706.

Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer (Naspec): a instituição recebe todo tipo de doação, desde que em bom estado de conservação: roupas, alimentos, material de limpeza e higiene. Também é possível fazer uma visita ao local, de segunda a sexta, das 8h às 17h. A instituição fica na Travessa Padre Luiz Figueira, bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador. Mais informações em (71) 3261-6415.

Papai Noel dos Correios: Mesmo com o prazo oficial do programa Papai Noel dos Correios encerrado, a Central do Correios da Pituba, localizada na Avenida Paulo VI, 190, em Salvador, ainda receberá presentes ainda nesta semana, de hoje a sexta-feira, das 9h às 17h. O ideal é que o voluntário já chegue no local com algum presente – pode ser um kit escolar, bola, boneca, bicicleta, skate, patins, etc - e vincule a uma carta. Mais informações pelo telefone (71) 98623-9937.

Projeto Dendê de Aro Amarelo: A organização Dendê De Aro Amarelo está aceitando qualquer doação para os alunos da instituição. O voluntário pode levar brinquedos, roupas, materiais de higiene pessoal, limpeza, livros, entre outros, no Espaço Cultural Vovó Conceição, no Terreiro da Casa Branca (Avenida Vasco da Gama, na baixada do Engenho Velho da Federação) terças e quintas, das 18h30 às 21h. Mais informações com Dadá Jaques: (71) 99197-4180.

Obras Sociais Irmã Dulce (OSID): Recebe doações todos os dias, das 7h às 19h, na Av. Dendezeiros do Bonfim, 2 - Roma, Salvador. Além de roupas, alimentos, móveis, eletrodomésticos, itens de higiene pessoal, a organização tem ainda outras duas opções de colaboração: o Projeto Sócio Protetor, em que o interessado pode doar qualquer valor mensal. Para ajudar, é necessário fazer um cadastro no site da OSID ou ligar para 0800-284-5284; e o panetone Dulce Natura - o dinheiro arrecadado é direcionado para o Centro Educacional Santo Antônio, que atende 800 crianças e adolescentes.