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Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2022 às 11:00
Em terra ou no mar, Salvador oferece espaços públicos repletos de atrativos e belezas naturais para desfrutar, aprender e se conectar com a natureza dentro da cidade. Os parques da cidade abrigam trilhas e atividades que podem ser feitas por quem quer se conectar não só com a fauna e a flora, mas também com a história e a cultura. >
Parque São Bartolomeu e Parque Pirajá, Parque da Cidade, Parque de Pituaçu, Parque Marinho da Barra, Parque das Dunas (privado), Jardim Botânico e Parque Zoobotânico são algumas das opções para fazer trilhas e passeios. >
Esses lugares, refúgios ao lado de avenidas movimentadas, como a ACM, ou de bairros de alta densidade populacional, como Pirajá e Itapuã, ajudam a regular o clima e filtrar a poluição. São também locais para lazer, descanso e para despertar, por meio da educação ambiental, um olhar diferenciado para a responsabilidade de todos os indivíduos com o meio ambiente.>
O Instituto Popular Trilha das Flores (IPTF), organização da sociedade civil capitaneada pelo ambientalista Glauber Machado, é o principal elo de mobilização entre todos os parques e realiza um trabalho socioambiental, fomentando uma rede de apoio entre os gestores e as comunidades, visitantes e órgãos públicos.>
Alertando para os problemas sociais, cobrando compromisso das lideranças e lutando pelo direito de uso dos parques por todos os cidadãos, o ambientalista mobiliza pessoas, empresas e organizações interessadas em preservar e manter o patrimônio natural para as próximas gerações. “O trabalho socioambiental e de turismo de base comunitária nos parques de Salvador ajuda a girar a roda econômica local, seja com os guias ou vendedores de água, lanche, artesanato, incluindo a comunidade nas atividades e sensibilizando as pessoas para a importância de cuidar do que é nosso, receber bem os visitantes e preservar o lugar. Começamos a estimular a qualificação profissional de guias locais, por meio de uma certificação gratuita do Ministério do Turismo, como mais uma forma de gerar renda para a comunidade”, conta Glauber.>
Presidente da Rede Brasileira de Trilhas (www.redetrilhas.org.br), Hugo de Castro Pereira ressalta a importância da inclusão das comunidades locais , com a contratação de guias que agreguem conhecimento aos trilheiros. “A Rede Trilhas recomenda fortemente a contratação de guias locais, pessoas das comunidades do entorno das trilhas, que saibam sobre a história, a geografia, a parte ambiental, social, que situem os visitantes e não apenas guiem ou sejam só mostradores de caminhos”, destaca Hugo. >
1. Parque São Bartolomeu e Parque Pirajá Região de grande importância ambiental, histórica e religiosa. Com 75 hectares situados no território da Área de Proteção Ambiental Bacia do Cobre - São Bartolomeu, do Sítio Histórico de Pirajá e do Parque Metropolitano de Pirajá. Abrigam o último rio vivo de Salvador, a barragem da Lagoa da Paixão e pelo menos quatro cascatas, nem todas recomendadas para banho. É um dos últimos pedaços de Mata Atlântica. Cenário de fatos históricos, como a Batalha de Pirajá pela Independência do Brasil na Bahia. Tem rapel, trilhas, aula de arquearia e outras atividades divulgadas previamente. É importante, antes de ir, entrar em contato com o IPTF. Contato: Glauber Machado - (71) 98371-7858 Endereço: Rua São Bartolomeu, 25, Plataforma. Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 17h; sábado até 16h. Valor: grátis (nas trilhas guiadas pede-se uma contribuição social de 25 reais).>
2. Parque Municipal Marinho da Barra Entre os fortes de Santo Antônio e de Santa Maria, a área com 322 km² foi criada em 2019 como Unidade de Conservação Ambiental de Proteção Integral. Há três naufrágios: Bretagne (1903), Germânia (1876) e Miraldi (1875). O local reúne organizações compromissadas com a preservação dos resquícios históricos, com as regras para o controle da pesca, do trânsito de embarcações motorizadas e de atividades que causem impacto negativo ao ecossistema marinho. O instrutor Ronaldo Batista Santos e sua equipe da Mergulho Pirata estão na área todos os dias, auxiliando o público que deseja conhecer as “trilhas subaquáticas”. Acredite, não precisa saber nadar para mergulhar. Contato: (71) 98844-2336. Endereço: entre o Farol e Porto da Barra. Funcionamento: 8h às 17h, diversas empresas fazem ecoturismo - valor varia de R$ 80 (snorkel) a R$ 250 (cilindro).>
3. Parque das Dunas Maior parque urbano de dunas, lagoas e restingas do Brasil, criado em 1994, com mais de 6 milhões de m², salas de aulas ao ar livre, herbário, auditório, laboratório, minhocário, horto e mais espaços. Reconhecido pelo título de RBMA-Unesco, concedido a entidades de preservação da diversidade biológica, que realizam atividades de pesquisa, monitoramento e educação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das populações. Ganhador do Prêmio Muriqui, que reconhece os trabalhos de preservação, educação ambiental e sustentabilidade. O parque é privado, mas grupos de escolas públicas não pagam a visitação. Contato: Jorge Santana (71) 98888-0188 e 98740-6163 / @parquedasdunassalvador (Instagram). Endereço: R. José Augusto Tourinho Dantas, 1001, Praia do Flamengo. Funcionamento: segunda a sexta, das 7h30 às 17h30, sábado 8h às 12h, domingos a combinar. Valor: R$ 20.>
4. Parque de Pituaçu É considerado a maior reserva ecológica da cidade, com possibilidade de trilhas ecológicas, competições esportivas, atividades culturais e exposições. Situado no bairro de mesmo nome, próximo à orla marítima e atualmente ocupando 425 hectares, possui ciclovia de 15 km, instalada no entorno da lagoa, além de outras oportunidades de descanso e contato com a natureza, como a pista de caminhada e o píer. Não é recomendado a pessoas sem prática completarem o circuito todo devido à distância, aconselhando-se voltar do quilômetro 4, aproximadamente. Por questões de segurança, é importante estar sempre acompanhado e agendar previamente passeios e trilhas, de preferência com grupos. Contato: Glauber Machado (71) 98371-7858 / @vivapituacu (Instagram). Endereço: Av Octávio Mangabeira, Pituaçu. Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 17h, sábado, domingo e feriados, das 8h às 18h. Valor: grátis.>
5. Parque da Cidade O Parque Joventino Silva, ou Parque da Cidade, preserva Mata Atlântica e restinga em uma área de 724 mil m². Abriga diversas espécies ornamentais e frutíferas, espaços ao ar livre para brincar, feiras de artesanato, e coworking no Espaço Colabore em parceria com o Sebrae (@colabore.ssa). Tem espaço permanente para oficina de grafite, circuito de slackline, quadras de futebol, vôlei e pista de skate. Trilhas para caminhadas de fácil acesso a pessoas de todas as idades, que idealmente devem ser feitas em grupo, sempre entrando em contato para se informar antes de fazer alguma trilha (@parquedacidade.salvador) e também com o IPTF. Para marcar eventos, consulte o site oficial. Contato: Glauber Machado, que organiza passeios e trilhas - (71) 98371-7858. Telefone fixo do parque: (71) 3611-3803. Endereço: Av. ACM, s/n, Itaigara. Funcionamento: segunda a sábado, 5h às 22h. Valor: grátis.>
6. Jardim Botânico Importante área de estudo, manutenção e conservação da Mata Atlântica na capital baiana, o espaço possui cerca de 160 mil m² de área com 61 mil espécies de árvores e plantas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, e está aberto à visitação pública. Recebe pesquisadores e o público em geral, tem viveiro para a conservação de plantas, atividades voltadas para a educação ambiental, além de incentivo à utilização sustentável da flora como forma de preservação ambiental. Possui trilhas pela mata e asfaltadas, em diferentes níveis de dificuldade. É importante se informar sobre as trilhas antes de ir. Contato: (71) 3393-1266. Para agendamento de grupos deve-se enviar ofício com 15 dias de antecedência. Endereço: Av. São Rafael, s/n, São Marcos (na rotatória de acesso à via regional). Funcionamento: terça a sexta-feira, das 8h às 16h30. Valor: grátis.>
7. Parque Zoobotânico Getúlio Vargas (Zoológico) Este é o nome oficial do zoológico de Salvador. Com uma área verde de 250 mil m², devido à incorporação do remanescente secundário de Mata Atlântica conhecido como Mata do Zoo, o parque é aberto ao público, que pode circular por 3.000 m de pista de caminhada. Mantém 1.400 animais, divididos em 134 espécies (56 de aves, 45 de mamíferos e 31 de répteis), das quais 88% são brasileiras. Prioriza a conservação e promove pesquisas científicas, além de programas de educação ambiental associados ao lazer e ao entretenimento. Tem clínica veterinária, museu, setores de nutrição, botânica, educação ambiental, pesquisa e conservação, além da quarentena, local que abriga os animais recém-chegados. Contato: www.zoo.ba.gov.br / @zoosalvador (Instagram). Endereço: Tv. Alto de Ondina, s/n, Ondina. Funcionamento: terça a domingo, 9h às 17h, incluindo feriados. Valor: grátis.>