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Estimativa foi calculada com base no fechamento de serviços que não são essenciais
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2020 às 09:47
- Atualizado há um ano
Um prejuízo de até R$ 108 milhões por dia. Essa é a estimativa das perdas diárias do comércio na Bahia, caso todos os estabelecimentos comerciais tenham que fechar as portas, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-BA), divulgada nesta terça-feira (17).
Esse cálculo, feito pela entidade com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é com base em um cenário extremo - ou seja, se todo o varejo que não é essencial (tirando supermercados e farmácias) tiver que fechar as portas. Em Salvador, na segunda-feira (16), a prefeitura decretou o fechamento de escolas municipais e particulares, academias e cinemas por 15 dias. O governo do estado também determinou que escolas estaduais, teatros, museus e zoológicos sejam fechados por 30 dias nas cidades que já detectaram casos.
Em todo o país, escolas, escritórios, museus e fábricas estão sendo fechados temporariamente. A tendência, para a Fecomércio, é de que apenas serviços essenciais continuem abertos, a exemplo de mercados e farmácias. “Os consumidores, no seu isolamento, estarão focados em preservar a sua saúde. Assim, mesmo algumas lojas abertas de produtos como roupas, eletroeletrônicos, por exemplo, tendem a ter uma redução drástica de demanda”, afirmou o consultor econômico Guilherme Dietze.“Pode-se dizer, contudo, que é um prejuízo momentâneo, uma vez que haverá postergação de compra de alguns serviços e produtos, mas como o período de restrição de circulação tende a ser relativamente longo, muitas das vendas serão perdidas. Infelizmente, não há como separar uma da outra”, completou o economista.
Para o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, os empresários baianos vão passar por um “momento inédito e de muita incerteza”. Para ele, é importante reduzir custos fixos para amenizar os impactos negativos.
“Espera-se também que os bancos públicos ofereçam crédito com condições vantajosas de taxas, prazos, documentação e carência, para que não haja um grande dano social com demissão em grande escala e empresas quebrando nos próximos meses”, disse.