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Exposição internacional em Salvador reúne 11 talentos da arte baiana

Ancestral: Afro-Américas conecta diferentes propostas para celebrar herança africana

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 10 de outubro de 2025 às 17:41

Obras de Mestre Didi
Obras de Mestre Didi Crédito: Divulgação

A força criativa da Bahia marca presença na exposição Ancestral: Afro-Américas, em cartaz no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). O projeto, realizado em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), reúne mais de 60 artistas do Brasil e dos Estados Unidos e conta com onze nomes baianos.

Sérgio Soarez, Mayara Ferrão, Jayme Figura, Eneida Sanches, José Adário, Mestre Didi, Rubem Valentim, Lita Cerqueira, Agnaldo Manuel dos Santos, Nádia Taquary e Emanoel Araújo são os artistas que dão um toque de Bahia ao projeto que constrói pontes entre as raízes africanas presentes nas Américas.

O artista plástico, escritor e pesquisador Sérgio Soarez é o autor de Cristalina, uma escultura de parede feita com madeira, cristais e jarro banhado à prata que homenageia as orixás femininas, como Yemanjá. Já Álbum de Desesquecimentos, de Mayara Ferrão, é uma série de fotografias geradas com ajuda de Inteligência Artificial que retratam um Brasil colonial em que mulheres negras são livres para viver e expressar seus amores em liberdade.

Álbum de Desesquecimentos, de Mayara Ferrão por Divulgação

Eneida Sanches assina, em parceria com o nova-iorquino Tracy Collins, a obra Transe e Memória, que mistura gravuras e imagens em movimento. “A nossa obra retrata as experiências negras em duas partes do continente americano. Por vezes elas se reconhecem e por vezes divergem nas suas singularidades”, diz Eneida.

Na exposição, o público também pode revisitar os legados de Jayme Figura, Mestre Didi, Agnaldo Manuel dos Santos e Rubem Valentim, já falecidos. Jayme está representado por duas esculturas performáticas no estilo característico do artista que desbravava as ruas do Centro Histórico de Salvador e mestre Didi é o autor de três obras repletas de conexões com as religiões de matriz africana.

Artistas americanos

Entre os artistas dos EUA, Simone Leigh é o destaque da curadora da exposição, Ana Beatriz Almeida. Foi na cultura baiana e no candomblé que Simone se inspirou para criar a escultura Las Meninas, que remete à obra do espanhol Diego Velázquez. Ela foi convidada pela curadora pela trajetória artística marcada por obras que refletem sua ação política ligada ao feminismo.

Exposição “Ancestral: Afro-Américas” abre as portas nesta sexta-feira (26), no Muncab por Victor Fernandez

O artista Leroi Johnson também tem atuação na luta pelos direitos da população negra nos EUA. Ele assina a tela A Crucificação, que retrata um Cristo negro. “Eu cresci em contato com a Igreja Católica e não havia nenhuma imagem com a qual eu pudesse me identificar. O Cristo, para mim, é negro. E ele pode ser, para você, branco, amarelo, vermelho. Para mim, é negro e deveria ser assim representado”, diz.

Ancestral: Afro-Américas tem direção artística de Marcello Dantas e uma seção de arte tradicional africana com curadoria de Renato Araújo da Silva. A exposição fica em cartaz até 1º de fevereiro de 2026 no Muncab, localizado no Centro Histórico de Salvador. O funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 17h (com acesso permitido até às 16h30). Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

A exposição é realizada pelo CCBB e estará disponível para visitação até o dia 1º de fevereiro no Muncab. O patrocínio é da BB Asset e Google.

Tags:

Salvador Muncab