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Yasmin Garrido
Publicado em 16 de abril de 2019 às 15:50
- Atualizado há 2 anos
A quarta edição do Santo Pescado, feira realizada pela Bahia Pesca, promete levar economia à ceia de Páscoa dos soteropolitanos. Nesta terça (15) e quarta (16), os pescados frescos são vendidos com descontos de até 60% no Terminal Pesqueiro da Ribeira.>
O Santo Pescado acontece entre 7h e 17h, nesta terça-feira, e entre 7h e 12h, nesta quarta, ou enquanto durarem os estoques dos produtos. Na edição desta quarta, haverá venda de camarão fresco com desconto especial: R$ 15 o quilo. Os peixes só serão comercializados se sobrar estoque do primeiro dia de vendas - cerca de 500 quilos das cinco toneladas colocadas à venda.>
De todos os produtos, o que está com maior desconto é a sardinha, vendida a R$ 5 o quilo. De acordo com a Bahia Pesca, todos os peixes são comercializados inteiros.>
O técnico de montagem Bruno Santos, 39 anos, conta que, há alguns anos, opta por comprar o peixe da Semana Santa no feirão que, segundo ele, costuma oferecer bons descontos. Neste ano, no entanto, ele não gostou tanto assim do que viu.>
“Os valores não são absurdos, mas são altos para a população comum. Ano passado paguei mais barato e a diferença foi grande. Lá em casa sempre comemos peixe na Semana Santa e, apesar de serem apenas três pessoas, recebemos a família. Mãe, sogra, irmãos, sobrinhos. É muita gente”, contou ele, que deixou o terminal com 14 kg de pescados, entre vermelho, badejo e bijupirá.>
O presidente da empresa, que é vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Eduardo Rodrigues, explica como são definidos os preços dos produtos.>
"Nós fazemos uma pesquisa antes do evento, para definir os preços. O vermelho, por exemplo, costuma custar R$ 32, R$ 35, e nós vendemos por R$ 23, assim como o beijupirá. Então os preços estão, de fato, mais baixos", diz.>
O que pode gerar a crítica, segundo ele, é quando o consumidor compara o preço do pescado com o de alguns supermercados. "Tem consumidor que fala que viu mais barato no mercado. Mas são produtos diferentes. Temos que levar em conta a qualidade do pescado, que no nosso evento são ultrafrescos, diferente do mercado, que vende congelado. Aqui, o peixe sai do barco, passa por um tratamento e já está disponível", completa.>
Além disso, Eduardo ressalta que, durante o período que antecede a Semana Santa, a busca pelos produtos cresce 30%, o que provoca um encarecimento de modo geral. “É a lei da oferta e da procura. Mas, com a feira, as pessoas têm a chance de economizar, enquanto os pescadores vendem em grande quantidade". Promoção segue nesta quarta (17), com venda de camarões (Foto: Marina Silva/CORREIO) A justificativa, segundo o gastrônomo e chef Jair Almeida, faz sentido. Ele, que trabalha com o alimento, garante que, na hora de comprar, o melhor é optar sempre pelos produtos frescos. "É sempre melhor o peixe fresco, porque o sabor e a textura do alimento modificam com o processo normal de congelamento. O alimento fresco tem mais sabor. O que encarece são os custos de levar esse peixe até você, porque é mais fácil e barato armazenar e transportar um congelado do que um produto fresco", explica.>
Do ponto de vista nutricional, tanto faz comer o peixe fresco ou congelado, segundo a nutricionista e chef Louise Tiúba. No entanto, é importante ter cuidados. "O fato do produto ser congelado não faz com que ele perca nutrientes. O que provoca isso é ficar lavando a proteína, seja frango ou peixe. O que muda na escolha entre congelado e fresco é sabor e textura, que podem ser comprometidos no congelamento. De qualquer forma, quem optar pelo congelado, precisa ter cuidados. É importante que o produto tenha um bom congelamento, de preferência à vácuo, porque quando há um congelamento mal feito e com acúmulo de água prejudica a parte nutricional", acrescenta. Peixe é vendido fresco na feira da Ribeira (Foto: Marina Silva/CORREIO) Camarão Seja para moqueca, ensopado ou escondidinho, o queridinho de muitos baianos é o camarão. Como o crustáceo é muito procurado, o presidente da Bahia Pesca ressaltou que escolheu um dia exclusivo para a venda de cinco toneladas do produto, que será nesta quarta-feira (16).>
“A gente separou a venda, porque o crustáceo é um dos mais procurados neste período. Cada pessoa só poderá comprar até quatro quilos do produto”, disse Eduardo Rodrigues.>
O quilo do camarão sete ou oito gramas vai ser vendido a R$ 15, quando habitualmente sai por R$ 18, enquanto os de 11 ou 12 gramas vão custar R$ 20 - cerca de R% mais barato que o normal. A expectativa dos organizadores é receber cerca de mil pessoas e vender, nos dois dias de evento, 10 toneladas de alimentos.>
Nesta edição, para que a compra seja feita de forma ordenada, os consumidores recebem uma senha e o atendimento é feito em grupos de dez. >
* Com supervisão da subeditora Fernanda Varela>