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Líder da guerra do tráfico em Valéria é morto em tiroteio; polícia suspeita de grupo rival

Apontado como chefe, traficante Cebola levou 12 tiros. Disputa por pontos de venda de droga aterroriza bairro desde dezembro

  • Foto do(a) author(a) Victor Lahiri
  • Victor Lahiri

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 08:51

 - Atualizado há 2 anos

Apontado pela polícia como  um dos líderes do tráfico na região de Valéria e Fazenda Coutos, Fabio Conceição de Brito, conhecido como Cebola, 26 anos, foi morto a tiros, na quarta-feira (25), nas proximidades do Residencial Lagoa da Paixão. O condomínio fica na entrada da localidade do Iraque, área controlada por Cebola, que disputava a venda de drogas com traficantes rivais no bairro vizinho de Valéria.

Cebola já foi condenado por 18 homicídios e possuía dois mandados de prisão contra ele, também por mortes ligadas à sua atuação como chefe do tráfico. O corpo de Cebola foi encontrado com marcas de ao menos 12 tiros, nos braços, pernas e tórax. A 400 metros, a polícia encontrou os corpos de Ubiraci Albana Nascimento e Caíque de Almeida, ambos de 19 anos, apontados como comparsas de Cebola.Cebola: morto ao receber 12 tiros(Foto: Divulgação)A Polícia Civil informou que o Departamento de Polícia Técnica encontrou no local indícios de que Ubiraci e Caíque foram executados de joelhos — Ubiraci com marcas de 12 tiros e Caíque, 16. A polícia foi acionado por moradores pelo 190.O tenente-coronel Roberto Pinto, comandante da 31ª Companhia Independente da Polícia Militar (Valéria), diz suspeitar que as mortes sejam mais um capítulo da briga entre Cebola e o grupo comandado por Adílson Souza Lima, o Roceirinho, que está preso desde 2012, mas controla, de dentro do presídio de Serrinha, o tráfico em parte do bairro de Valéria.

“O levantamento das equipes indica que a ocorrência, mais uma vez, foi ligada à guerra por espaço travada pelo grupo de Roceirinho, que atua na Nova Brasília de Valéria, contra Cebola, que é da facção Katiara e atua na área da Lagoa da Paixão”, disse Pinto.“Cebola e Roceirinho têm um histórico antigo. Há muito tempo, um tenta tomar a área do outro, e os integrantes das duas facções brigam entre si”, afirmou o comandante. O crime será investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Ontem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou não poder dar detalhes sobre a investigação. Cebola possui um extenso histórico na Justiça. O traficante chegou a ficar preso em regime fechado pela autoria confessa de 18 homicídios em Salvador e Região Metropolitana.

Ele estava em prisão domiciliar desde março do ano passado, depois de ter sido preso  em abril de 2013, junto com cinco integrantes da quadrilha que comandava, suspeitos de envolvimento em uma chacina em Valéria, no dia 8 de março, que deixou cinco mortos.

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Tiros e medo

A disputa pelo controle do tráfico na região de Valéria tem levado medo à população do bairro. Em dezembro, o comércio ficou fechado e ônibus deixaram de circular depois que três coletivos foram incendiados, em protesto contra a morte do traficante Rodrigo Ferreira dos Santos, conhecido como Mamano. O corpo do traficante foi encontrado carbonizado num matagal ao lado da Estrada do CIA.

No final de novembro, o bairro conviveu com três noites de tiroteios, que esvaziaram as ruas e o comércio durante o dia, por causa do medo da população. Ontem, a rotina do bairro não foi alterada após o crime que matou os três traficantes. O comércio abriu normalmente e ônibus circularam.

Os moradores, no entanto, não quiseram conversar com o CORREIO sobre a guerra do tráfico na região. “A gente não pode ficar falando desse tipo de coisa”, disse um comerciante, que não quis ser identificado.