Meia-passagem para ensino a distância é debatida na Câmara

Representantes de estudantes de ensino a distância (EAD) prometem se mobilizar em defesa do direito à meia-passagem no transporte coletivo de Salvador. Desde o início do mês, eles estão impedidos de recarregar o Salvador Card.

O sindicato das empresas de transporte se baseia na Lei 6.324 de 2003 que não prevê meia-passagem para alunos que não tenham frequência diária às aulas. A regulamentação do benefício para o ensino a distância, proposta pelo vereador Henrique Carballal (PT), foi discutida na segunda-feira (28) em audiência pública na Câmara Municipal.

Pela proposta, os estudantes do EAD teriam direito a quatro passagens por cada dia que comparecerem à faculdade. Os estudantes protestam. “Temos que cumprir estágio de 240 horas não-remunerado, sem Salvador Card não tem como”, reclama Aline Soares, estudante de licenciatura em história da FTC-EAD.

Cláudio Malamut, gerente do Salvador Card, afirma que as entidades de ensino a distância passaram de quatro para 12 em um ano e têm 14 mil estudantes cadastrados no sistema, o que pode onerar a passagem. Mas o presidente da UNE na Bahia, Maurício Nogueira, não recua: “Vamos dialogar e tomar atitudes para reaver o benefício”.