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Tharsila Prates
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 18:54
Uma roda de conversa gratuita sobre a vida e a obra do artista baiano Mario Cravo Neto será realizada nesta quinta-feira (28), às 16h, na Caixa Cultural Salvador. O evento integra o conjunto de ações que envolvem a exposição “Mario Cravo Neto: Sob o Sol da Bahia”, em cartaz no espaço.>
Para participar do bate-papo, não há necessidade de inscrição prévia. A condução da atividade aberta ao público será feita por Christian Cravo, fotógrafo, filho de Cravo Neto e curador da exposição, e por Bené Fonteles, artista visual, compositor e escritor. >
Considerado um pioneiro na temática transversal entre a arte e a ecologia, Bené é criador e coordenador do Movimento Artistas pela Natureza, desde a década de 1980. Já Christian Cravo, ao longo dos últimos 25 anos, teve seu trabalho de fotografia exposto em importantes instituições, como Instituto Tomie Ohtake, Museu de Arte Moderna da Bahia, Ministério da Cultura (Brasília), Museu Afro Brasil, Museu da Fotografia (Fortaleza), Museu Oscar Niemeyer (Curitiba), galeria Throckmorton Fine Art (Nova York) e Billedhusets Galeri (Copenhague).>
Realizadas pela Via Press, a roda de conversa, a exposição e as demais ações em torno dela têm patrocínio da Caixa e do governo federal, com apoio institucional do Instituto Mario Cravo Neto.>
A exposição “Mario Cravo Neto: Sob o Sol da Bahia” reúne fotografias, objetos, vídeos, desenhos e pinturas em aquarela do renomado artista plástico baiano e segue em cartaz até o dia 2 de novembro, na Caixa Cultural, com entrada gratuita.>
Com curadoria de Christian Cravo, a mostra apresenta um recorte do período experimental de Cravo Neto, entre 1967 e 1975 — fase marcada por intensa produção artística e encerrada por um grave acidente que redefiniu sua trajetória.>
Para o curador, “o maior legado de Mario Cravo Neto foi o de um artista que acreditou profundamente em sua vocação, mesmo em uma época em que linguagens como o cinema e a fotografia ainda não eram amplamente reconhecidas nas artes visuais”. Ele destaca ainda a interdisciplinaridade da obra do pai, que transitou com maestria entre pintura, escultura, land art, fotografia e cinema.>
A exposição tem 40 fotografias coloridas e em preto e branco, que retratam pescadores, estivadores, plantações de tabaco e representações afrodescendentes em Salvador e no Recôncavo Baiano. As aquarelas evocam o movimento das ondas do mar, enquanto os filmes em 8 mm exploram o corpo em três diferentes dimensões: a dança (em Gato Capoeira, de 1975), o trauma (em Lua e Sombra, de 1975) e o nascimento da filha (em Lua Diana, de 1972). As obras são exibidas em um projeto expográfico que integra vídeos, objetos e gravuras de forma contínua e sensorial.>
Trabalho de Mario Cravo Neto