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Nilson Marinho
Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 14:19
- Atualizado há 2 anos
Edson Neris Barbosa, 27, é o principal suspeito do crime (Foto: Divulgação/Polícia Civil) Durante um telefonema para a companheira, na manhã desta segunda-feira (21), o ajudante de pedreiro Edson Neris Barbosa Santos, 27 anos, suspeito de estuprar e levar à morte a própria enteada de 2 anos, tenta justificar o ocorrido. "Eu não mexi nela, não. Você acha que eu, que eu, vou... (inaudível). Eu só fiz bater. Bati sábado".>
Edson está sendo procurado pela polícia desde a noite de domingo (20), quando Ágatha Sophia morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de São Marcos, depois de ter sido socorrida pela mãe, a diarista Jéssica Silva de Jesus, 21. Sem saber da morte da criança e de que tinha sido denunciado, ele chegou a propor um encontro com a companheira.>
O CORREIO teve acesso a dois áudios de um telefonema feito pelo suspeito para a mãe da vítima na manhã desta segunda (21), além de uma série de mensagens de SMS.>
Durante um trecho da ligação, Edson tenta argumentar que não foi o autor do estupro e que "não tocou na menina". Jéssica, 21 anos, com a filha Ágatha Sophia (Foto: Reprodução) Encontro Em outro momento, ele pergunta à companheira se a polícia já tem conhecimento do caso e pede que ela não entregue os seus documentos. O ajudante de pedreiro sugere também um encontro entre os dois.>
Já durante uma troca de mensagens, por volta das 9h, Edson pediu perdão à mãe da menina e tentou saber o estado de saúde da vítima."Por favor, atende. Estou sofrendo. Amo ela. Ela vai ficar boa. Estou sofrendo, amor. Não sei o que eu faço. Me ajuda, por favor. Me perdoa, amor", escreveu.Jéssica tentou esconder do companheiro que a filha tinha morrido, como uma forma de tentar descobrir o paradeiro dele. Confira as mensagens de SMS trocadas por Edson e Jéssica. Foto: Reprodução/CORREIO Foto: Reprodução/CORREIO A assessoria da Polícia Civil divulgou, no final da manhã desta segunda, a foto do suspeito.>
Edson e Jéssica estavam juntos há um ano e seis meses. Os dois haviam se mudado para a Vila Canária há cerca de seis meses, onde moravam em um pequeno imóvel alugado na Rua José Gomes de Aguiar, perto do final de linha do bairro.>
Vizinhos dizem que Edson foi visto pela última vez na manhã desta segunda, em um ponto de ônibus, entrando em um coletivo para a Estação Pirajá.>
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Buscas A assessoria da Polícia Civil confirmou que Edson é principal suspeito do crime. Ainda conforme a assessoria, equipes da 2ª Delegacia de Homicídios (2ª DH/Central), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), estão em busca do ajudante de pedreiro.>
"O coordenador da 2ª DH/Central, delegado Guilherme Machado, informa que as diligências estão em curso e se Edson Neris não for preso até às 18h desta segunda-feira (21), será solicitada sua prisão à Justiça", informou a assessoria, por meio de nota.>
Quem tiver informações sobre o paradeiro de Edson pode entrar em contato com o Disque Denúncia (71) 3235-0000, da Secretaria da Segurança Pública, e fazer a denúncia de forma anônima. >
Fuga Segundo familiares da vítima, a pequena Ágatha Sophia foi encontrada pela mãe, Jéssica Silva de Jesus, 21, na rua, nos braços do padrasto, por volta das 18h desse domingo. >
Ainda conforme parentes, Jéssica, que trabalha como diarista, havia deixado a filha aos cuidados do companheiro para fazer uma faxina. A menina costumava ficar com o padrasto todas as vezes que a mãe precisava sair para trabalhar.>
Ao chegar na rua de casa e se deparar com a criança nos braços do padrasto, Jéssica saiu à procura de socorro. Mãe e filha foram, com ajuda de vizinhos, para a emergência da UPA de São Marcos, onde foi constatada a morte de Ágatha logo após ela dar entrada na unidade. >
Segundo um primo da menina, que preferiu não se identificar, o padrasto só fugiu do local quando a companheira percebeu que a filha havia sido abusada.>
*Com supervisão do editor João Galdea.>