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Portal Edicase
Publicado em 20 de agosto de 2024 às 17:36
A espinheira-santa é uma planta nativa das regiões sul e sudeste do Brasil, amplamente reconhecida na medicina tradicional por suas potentes propriedades terapêuticas. Utilizada há séculos, especialmente por comunidades indígenas e rurais, ela se destaca como um poderoso remédio natural para diversas condições de saúde. >
Veja, a seguir, 7 benefícios surpreendentes da espinheira-santa e como utilizá-la para promover o bem-estar de forma natural e eficaz. >
A espinheira-santa é valorizada por sua ação anti-inflamatória, devido à presença de compostos como flavonoides, saponinas e taninos. Esses componentes ajudam a reduzir a inflamação ao inibir a produção de mediadores inflamatórios, diminuir a atividade de enzimas inflamatórias e proteger a mucosa gástrica. Esse efeito pode aliviar sintomas de condições como artrite , doenças do trato gastrointestinal e problemas de pele. >
Tradicionalmente, a espinheira-santa é utilizada para ajudar a aliviar problemas digestivos, como azia, refluxo e úlceras gástricas. Suas propriedades adstringentes e cicatrizantes ajudam a proteger e a regenerar a mucosa do estômago. >
A espinheira-santa possui efeito calmante graças aos seus compostos bioativos que ajudam a reduzir o estresse e promover o relaxamento. Seus flavonoides e taninos têm propriedades que podem aliviar a ansiedade e melhorar a qualidade do sono, tornando a planta uma opção natural para promover a tranquilidade.“O estresse é uma das causas principais da insônia. Grandes períodos de insônia deixam a pessoa cansada e irritada”, comenta Carine Eleutério, psicóloga e mestra pela Unifesp. >
A espinheira-santa pode auxiliar na saúde da pele devido às suas propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias. Ela pode ser usada topicamente em infusões ou cremes para ajudar a tratar irritações, feridas e condições inflamatórias da pele, como dermatites. >
A dermatite atópica, por exemplo, ocorre por quedas no sistema imune e principalmente em momentos de mudança brusca de temperatura. “A doença de caráter genético e crônico é capaz de levar ao ressecamento da pele e ao surgimento de erupções na superfície da pele com coceira e crostas. Ambientes úmidos, com mofo, ácaros, pólen e excesso de calor e transpiração são alguns dos fatores de risco”, acrescenta o médico Dr. Danilo S. Talarico, professor nos cursos de Dermatologia, Tricologia, Transplante Capilar (Cirurgia Capilar) e Medicina Estética. >
A espinheira-santa pode ter efeitos positivos na regulação dos níveis de colesterol. Seus compostos podem ajudar a reduzir o colesterol LDL e aumentar o colesterol HDL. O cardiologista Adalberto Lorga Filho explica que o maior problema dos níveis altos de colesterol, em relação às arritmias cardíacas, é de predispor e aumentar a ocorrência de infarto do miocárdio, o qual, frequentemente, cursa com arritmias cardíacas graves. “Dessa forma, do ponto de vista clínico e preventivo, mantendo-se baixos os níveis sanguíneos de colesterol, reduzimos indiretamente a ocorrência de arritmias cardíacas”, afirma. >
A espinheira-santa pode auxiliar na perda de peso devido às suas propriedades digestivas e diuréticas. Ao melhorar a digestão e aliviar problemas como inchaço e má digestão, a planta ajuda a otimizar o processo de metabolização dos alimentos, o que pode contribuir para o controle do peso. Além disso, seu efeito diurético natural ajuda a eliminar o excesso de líquidos do corpo, reduzindo a retenção e promovendo uma sensação de leveza. >
De acordo com a nutróloga Dra. Marcella Garcez, o inchaço, ou edema, é sentido por conta do acúmulo de água nas células, a famosa retenção de líquidos, pior no calor (quando ocorre uma vasodilatação). Porém, também pode ter gatilhos por conta da alimentação, problemas hormonais (geralmente na tireoide) e alterações no rim e coração. >
A planta é rica em antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres e proteger as células do corpo contra danos oxidativos, podendo reduzir o risco de doenças crônicas. >
“As células do nosso corpo estão constantemente sujeitas a danos tóxicos pela formação de radicais livres , que são provenientes de reações que ocorrem na membrana das células e são responsáveis pela ocorrência de diversas enfermidades e processos degenerativos do organismo humano”, explica o cardiologista Bruno Ganem. >
Veja, a seguir, as formas mais comuns de usar a espinheira-santa no dia a dia. >
Embora a espinheira-santa seja geralmente segura, deve ser consumida de forma adequada para evitar possíveis efeitos colaterais.“É importante ter em mente que cada pessoa é única e que as reações individuais podem variar. O recomendado é o consumo moderado para a maioria das ervas. É preciso não exagerar na quantidade, pois algumas substâncias presentes nas plantas podem ter efeitos colaterais em grandes quantidades”, afirma Ariane Braz A. C. Brasil, nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos. >