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Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2017 às 16:31
- Atualizado há 2 anos
Além do tamanho do documento, uma questão estética, relacionada ao pênis, que aflige a rapaziada, é a dificuldade dele em “olhar para a frente”, quando ereto. Esse desvio, na maior parte das vezes, é comum, afinal, nosso corpo não é simétrico, e muitos aspectos – às vezes até o jeito de colocar o pinto na cueca – podem influenciar na curvatura. >
Mas segundo o urologista baiano Wagner Coêlho Porto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando essa curvatura se acentua de repente, o caso pode estar associado a uma síndrome, que costuma atingir homens a partir dos 19 anos.>
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Trata-se da doença de Peyronie, que apenas em casos extremos costuma ser tratada cirurgicamente. “O grande problema da doença é que nos primeiros seis meses a um ano, quando o processo está se instalando, e que o pênis começa a ficar torto, o indivíduo sente muita dor. É por isso que você tem que deixar estabilizar, para não intervir num processo que pode voltar”, explica o médico.>
Leia a reportagem principal: Tem solução pra pinto pequeno? Médicos respondem; mulheres opinam>
A doença atinge cerca de 150 mil brasileiros por ano, e costuma ser identificada pelo próprio paciente. De acordo com o urologista, trata-se de uma doença autoimune da qual ainda não tem conhecimento da causa real, apesar de ter sido descoberta faz tempo. Foi em 1743 que o médico François Gigot de Peyronie descreveu, pela primeira vez, o aparecimento de tecido fibromatoso e cálcio na superfície que envolve os corpos cavernosos de um pênis na França.>
Nos dias atuais, diz Côelho Porto, são três as possibilidades de tratamento:“Remoção da placa (fibrosa ou dos nódulos), correção do entortamento por meio cirúrgico ou, ainda, implante de prótese peniana”, assinala.Um dado curioso, citado no site da SBU, é que com o advento das drogas orais para a ereção (como viagra), os urologistas têm relatado um aumento da incidência da Peyronie, que afeta hoje até 3,5% dos adultos.>