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Tuberculose mata mais de 1,2 milhão de pessoas por ano, aponta OMS

Maior parte das infecções (87%) se concentrou em 30 países

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Esther Morais

  • Estadão

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 11:11

É importante procurar um médico ao identificar os sintomas da tuberculose (Imagem: Premreuthai | Shutterstock)
É importante procurar um médico ao identificar os sintomas da tuberculose (Imagem: Premreuthai | Shutterstock) Crédito: Imagem: Premreuthai | Shutterstock

A tuberculose continua entre as doenças infecciosas que mais matam no mundo, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (12) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2024, foram registrados 10,7 milhões de novos casos e mais de 1,2 milhão de mortes.

A maior parte das infecções (87%) se concentrou em 30 países. Oito deles responderam por 67% do total: Índia, Indonésia, Filipinas, China, Paquistão, Nigéria, República Democrática do Congo e Bangladesh.

A doença é transmitida pelo ar, principalmente em locais fechados e com aglomeração. Afeta principalmente os pulmões e pode causar tosse com secreção, cansaço extremo, emagrecimento e, em casos graves, insuficiência respiratória.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou como inadmissível que a doença siga matando mais de 1 milhão de pessoas por ano, apesar de ser prevenível e tratável, e reforçou a meta de eliminação até 2030.

Avanços e desafios

Entre 2015 e 2024, a África reduziu em 28% a incidência e em 46% as mortes. A Europa teve quedas de 39% e 49%, respectivamente. No entanto, o avanço global ainda é lento: de 2023 para 2024, novos casos caíram só 2% e as mortes, 3%.

A OMS aponta falta de financiamento e desigualdade no acesso a diagnóstico e tratamento como principais obstáculos.

Tratamento e prevenção

Desde 2000, os tratamentos salvaram 83 milhões de vidas. Em 2024, 8,3 milhões de pessoas iniciaram tratamento (78% dos casos) e 5,3 milhões receberam terapias preventivas.

A OMS também coletou dados inéditos sobre proteção social nos países com maior carga da doença. A cobertura varia de 3,1% (Uganda) a 94% (Mongólia), e 19 países têm níveis abaixo de 50%.

Fatores de risco

Desnutrição, HIV, diabetes, tabagismo, consumo de álcool e condições sociais precárias impulsionam a doença. No Brasil, foram 84.308 novos casos no último ano. Um estudo da Fiocruz aponta que quase 40% das infecções têm início no sistema prisional.

Financiamento insuficiente

Em 2024, o mundo investiu US$ 5,9 bilhões em ações contra a tuberculose — muito abaixo da meta anual de US$ 22 bilhões para 2027. Segundo a OMS, a falta de recursos pode causar 2 milhões de mortes adicionais e 10 milhões de novos casos entre 2025 e 2035.

A pesquisa também está defasada: em 2023, o financiamento global atingiu apenas 24% da meta, somando US$ 1,2 bilhão. A OMS diz que trabalha para acelerar o desenvolvimento de novas vacinas.