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7 dias em Havana: com praias incríveis e muita história, a capital cubana é uma agradável surpresa

Exemplo vivo do comunismo, Cuba tem inúmeras características diferentes do que se vê pelo mundo

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 16:57

 - Atualizado há 2 anos

Cuba pode parecer só uma ilha pequena no meio da América. Mas é um país exuberante, com uma capital - Havana, de 2 milhões de habitantes - que parece ter parado no tempo. Nesse exemplo vivo do comunismo, o visitante encontra coisas bem diferentes do que está acostumado a ver pelo mundo.

Para chegar lá existem cinco companhias aéreas: Copa (com conexão no Panamá), Avianca (que passa por Bogotá), LAN e Taca (com conexão em Lima) e Cubana, empresa de aviação do país e uma das mais baratas. Optei pela última, que conta com aeronaves um pouco mais antigas, porém confortáveis - visto que ainda dão espaço para as pernas do passageiro. O trajeto começa em Guarulhos (São Paulo), para em Manaus e segue em direção a Havana. São 10 horas de voo.A maioria dos táxis é antiga, colorida e de antes da Revolução Comunista (1959): sem taxímetro, táxis podem apanhar passageiros no caminho. Foto: Carla TrabazoAgosto pode ter sido uma opção mais barata, mas é um dos meses mais quentes. A sensação térmica pode chegar a mais de 40°C por conta da umidade. A alta temporada fica entre novembro e março.

DinheiroCuba possui dois tipos de moeda. Uma é o Peso Cubano (CUP), usada pelos nativos. Já o Peso Cubano Conversível (CUC) é a moeda dos turistas. Mais valorizado que o dólar americano, o CUC equivale a 25 CUPs. Os cidadãos recebem em moeda nacional, mas têm que dispor de CUCs para fazer as compras. Por conta disso, simples artigos de higiene, como xampu, papel higiênico e sabonete são de luxo para eles. Não se assuste se for abordado na rua por um cubano lhe pedindo sabonete. Uma dica: leve na bolsa lencinhos umedecidos ou um rolo de papel higiênico. Banheiros públicos nem sempre têm papel.O bar La Bodeguita del Medio, mais famoso da cidade: nele o escritor Ernest Hemingway, o cantor de jazz Nat King Cole e o próprio Fidel Castro costumavam saborear o mojito. Foto: Carla TrabazoTransporte O melhor é caminhar. Se a preguiça bater, pegue um táxi. A maioria da frota é composta por modelos antigos e coloridos, fabricados antes da Revolução Comunista, em 1959. Há os taxis amarelos, que funcionam com taxímetro, e os coloridinhos, que não usam o aparelho. Neles, é necessário combinar o preço do itinerário com o motorista antes da corrida. Saiba que os veículos são coletivos.

Não estranhe se ele apanhar passageiros pelo caminho. Existem ainda os exóticos cocotáxis, em formato de coco amarelo, que fazem percursos pequenos com até três pessoas. GastronomiaVocê não sentirá falta do arroz com feijão. A dupla é chamada de moros y cristianos e vem acompanhada de batata-doce ou banana frita e muita carne de porco ou de boi. Frutos do mar também são comuns. E o melhor: os preços costumam ser baixos. Dá para comer bem com cerca de 15 CUCs por pessoa.

Prefira os Paladares, pequenos restaurantes familiares, com cozinha tradicional. É o caso do espanhol Los Nardos, o San Cristóbal e o La Guarida, cenário do filme Morango e Chocolate. Fãs de Coca-Cola, saibam de antemão: o refrigerante é vendido em pouquíssimos lugares. As versões cubanas, TropiCola e TuKola são mais populares.Centro de Havana e suas casas coloridas, que lembram o Pelourinho. Foto: Carla Trabazo 

ComunicaçãoInternet é artigo de luxo. Disponível em hotéis mais modernos e lan houses, uma hora de conexão lenta pode custar R$ 30. Sites como Skype e Hotmail são bloqueados. Por isso, dê férias ao smartphone e tente apreciar os dias à moda antiga. Os cubanos que conheci foram sorridentes e prestativos. E adoram o Brasil. Mas não por conta da brasileiríssima trindade futebol-samba-caipirinha. Eles amam mesmo as novelas: Vale Tudo e Avenida Brasil estão entre as favoritas.Vale a pena dedicar ao menos uma semana à capital cubana, que se divide, basicamente, em Centro Habana e Habana Vieja. Vamos lá?Habana ViejaLembra o Pelourinho. Tem ruas fechadas para carros, monumentos antigos, casas coloridas e pracinhas. A Praça de Armas tem feirinha de livros usados e antiguidades. A da Catedral abriga a incrível Catedral de San Cristóbal de La Habana. A de San Francisco de Asís guarda a Basílica de San Francisco. E a Vieja, que de velha só tem o nome, pois os edifícios antigos tiveram as fachadas reformadas.

Habana Vieja é extensa. Vale a pena dedicar dois dias à área e caminhar de uma ponta à outra. Na Plaza Vieja fica a Câmara Escura, uma sala que mostra, ao vivo, diversos pontos da cidade a partir de um jogo de lentes. A região abriga ainda uma fábrica de chocolate.Por lá, um ponto imperdível é o bar La Bodeguita del Medio, mais famoso da cidade. Lá o escritor Ernest Hemingway, o cantor de jazz Nat King Cole e o próprio Fidel Castro costumavam saborear o mojito. A decoração conta com escritos deixados por famosos e anônimos que já passaram por lá. Tem música ao vivo: mambo, salsa e muito Buena Vista Social Club. Dá vontade de levantar e dançar. Não se acanhe: a maioria faz isso.

O melhor lugar para comprar lembrancinhas é o Mercado de San José, uma espécie de Mercado Modelo, com vista para o mar. É possível encontrar roupas e sapatos artesanais, peças em madeira, quadros, instrumentos musicais e sucos de frutas tropicais. Aos consumistas de plantão, um aviso: não adianta levar cartões de crédito, pois são raros os lugares que aceitam. O único que encontrei, uma loja de charutos, tinha a máquina movida a manivela.Escultura de Che Guevara no Ministério do Interior: perto da Praça da Revolução e do Memorial a José Martí. Foto: Carla TrabazoUm pouco longe da Habana Vieja fica a Praça da Revolução. Cercadas por prédios comerciais, ali estão as construções mais famosas da cidade. É o caso de dois edifícios que estampam os rostos dos revolucionários Che Guevara e Camilo Cienfuegos. O Memorial a José Martí, ponto mais alto de Havana (quase 130 metros de altura), oferece uma vista panorâmica.Centro HabanaParte antiga da cidade, que abriga o Capitólio Nacional. O prédio serviu como sede do governo e atualmente funciona como Biblioteca Nacional e Academia Cubana de Ciências. Nessa região fica ainda o Museu da Revolução, que já foi o palácio presidencial e conta toda a história da Revolução Comunista. Lá, é possível ver marcas de tiros pelas paredes. Os admiradores dos charutos cubanos devem visitar a Fábrica de Tabacos Patargás. Apesar de estar em reforma, tem uma fachada bonita. A loja proporciona uma experiência diferente: vendedores excêntricos fumam os próprios produtos enquanto te atendem.A orla da cidade é chamada de Malecón: não dá para mergulhar, pois tem muita pedra e pescaria. Foto: Carla Trabazo

VedadoDiferente das demais regiões da cidade, Vedado é mais moderna e possui vida noturna animada. Madrugada adentro, dá para ver pessoas na rua, curtindo a noite. É nesta área também que fica situado o histórico Hotel Nacional e os típicos shows de cabaré.PraiasA orla da cidade, chamada de Malecón, é bem agradável. Mas nada de mergulhar: tem muita pedra e as pessoas pescam. As opções mais próximas são as Playas del Este, a cerca de 20 km de Havana, como a praia de Santa María del Mar. Com um ônibus turístico (daqueles vermelhos, estilo Hop On/Hop Off) é possível chegar lá e se perder na beleza das areias brancas e da água quente e azul-turquesa. Para passar mais dias curtindo o sol e o mar, o ideal é a cidade de Varadero (a cerca de 140 km da capital).Varadero é dica para curtir praias perto de Havana: águas azuis claras, areias brancas e resorts luxuosos. Foto: Carla Trabazo