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Novo ingresso custa R$ 30 e agora não é preciso agendamento prévio
Kalven Figueiredo
Publicado em 11 de março de 2018 às 19:24
- Atualizado há um ano
Quem quer matar saudades do Carnaval ou reviver grandes momentos das folias já pode agendar uma visita à Casa do Carnaval de Salvador. No espaço, maquetes, roupas, instrumentos fotos e documentos contam a história da festa. Além disso, os visitantes podem aprender ritmos tão característicos da folia em dois cinemas.
A notícia boa é que este foi o primeiro final de semana que o público pode acessar o centro cultural sem agendamento prévio e pagando mais barato. O preço da inteira, que chegou a ser anunciado por R$ 50, foi fixado em R$ 30. Estudantes, menores de 21 anos, idosos, professores e pessoas com necessidades especiais pagam R$15.
A empresária espanhola Sandra Roca, 36 anos, escolheu a Bahia para viver há 12 anos e confessa que estava ansiosa para conhecer o lugar. “Eu sempre gostei do Carnaval de Salvador e tudo aqui me surpreendeu muito de uma forma positiva. Agora que vi tudo o que o espaço oferece eu acho o preço bastante justo”, disse, reclamando da falta de sinalização externa. “Eu tive que sair perguntando até encontrar”.
A dica dos monitores que trabalham no espaço é que os visitantes não tenham pressa. “Nós contamos com 5 horas de conteúdo em áudio e vídeo, por isso é bom chegar cedo e de peito aberto para absorver todo o conteúdo oferecido”. Diferente de outros museus mais tradicionais, é permitido fotografar, filmar, dançar.
A arquiteta Rosa Cerqueira, 50, disse que achei “tudo muito criativo e bonito. Bem o espírito do Carnaval!”. Morando no Rio, ela torce para que o espaço abra um dia na semana de forma gratuita. A assessoria de imprensa da Secult, órgão responsável pela casa, disse que a medida está sendo analisada.
Um dos destaques do museu são as roupas e fantasias de blocos afro e de cantores da axé music, como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Carlinhos Brown. Nas duas salas de cinema, no primeiro andar, os visitantes podem viver a experiência da folia, por meio de adereços como mamãe-sacode, fantasia e até instrumentos de percussão. Nelas, são exibidos filmes que ensinam como dançar onze coreografias do Carnaval.
O empresário Edgar Regis, 69, fez a visita com a companheira Gal Costa, 66. Para ele, o preço cobrado para acessar a memória da folia é “justíssimo” e, em alguns momentos, ele até conseguiu enxergar o Carnaval em que tanto se divertia. “Infelizmente o Carnaval que eu gostava não existe mais”, lamentou.
As salas de exposição são equipadas com ferramentas e instrumentos que possibilitam o uso de tecnologias, como projeções, áudios e realidade virtual, que proporcionam maior interatividade. Há também uma coleção seleta de livros sobre o Carnaval.
Quem ainda não conhece o espaço, pode matar a curiosidade através de um especial multimídia que traz conteúdos exclusivos. São seis matérias que contam a história do lugar, galeria de fotos e vídeos com depoimentos de artistas envolvidos na concepção do projeto. As imagens também passeiam pelo casarão localizado ao lado da Catedral Basílica, entre o Terreiro de Jesus e a Praça da Sé, colado no Plano Inclinado Gonçalves.
Agende sua visita O que é A Casa do Carnaval é o primeiro museu inteiramente dedicado à festa baiana Onde fica Na Praça da Sé, ao lado do Plano Inclinado, no Centro da cidadeFuncionamento De terça a domingo, das 11h às 19hIngresso R$ 30 (inteira) e R$15 (meia)
* Com supervisão da editora Ana Cristina Pereira