Crise no PHS deve provocar saída de vereadores da bancada

Por Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Quando o impasse em torno do comando do PHS parecia estar resolvido, a crise do partido na Bahia se agravou, deflagrando o movimento de debandada entre os quatro vereadores da sigla em Salvador. Com a decisão judicial que permitiu o retorno de Luís França à cúpula nacional do PHS, a expectativa era a de que Junior Muniz retomasse a direção estadual da legenda. Rival de França, o até então todo-poderoso cacique do partido, Eduardo Machado, no entanto, resiste em deixar o posto e garante que a presidência na Bahia segue com o ex-deputado federal Edson Pimenta, ligado ao governador Rui Costa (PT), enquanto Muniz é aliado do prefeito ACM Neto (DEM). “Se aparecer um convite atrativo, vou sair. Mas vamos aguardar uma definição”, diz Teo Sena, líder do PHS na Câmara. O primeiro a falar abertamente sobre a saída foi Isnard Araújo, que negocia com PRB e PSC.

Olho aberto  A vereadora Cátia Rodrigues dá como certa sua saída caso o PHS se una ao PT. A interlocutores, Igor Kannário também sinalizou deixar a sigla. Pros e SD já abriram a porta para dissidentes.

Nova tentativa Em busca do apoio dos prefeitos à reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) prometeu um novo repasse extra aos municípios no ano que vem, caso a proposta seja aprovada. Durante assinatura da liberação de R$ 2 bilhões extras para as prefeituras, ontem, Temer não condicionou a liberação ao apoio à reforma, mas argumentou que as cidades vão ganhar caso ela seja aprovada. No encontro, dirigentes de entidades municipalistas do Sul e Sudeste garantiram apoio à matéria, mas os do Norte e Nordeste seguem contra.

Contra-ataque O PT decidiu manter o discurso de que o ex-presidente Lula continua como plano A na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018, mesmo com o julgamento sobre o caso do triplex pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcado para 24 de janeiro. Cardeais do PT baiano adiantaram que a pré-candidatura de Lula será reforçada durante o encontro nacional da sigla, que ocorre amanhã. Ontem, os nomes do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad voltaram a circular nos corredores do partido como alternativas, mas falta apoio da massa petista.

"A regulação da saúde do estado é uma roleta russa da morte", Tiago Correia, vereador do PSDB, ao criticar o sistema de regulação do governo do estado

Cautela O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) disse que o adiamento da convenção nacional da legenda para janeiro não altera o planejamento do partido na Bahia. Questionado sobre a possibilidade de o prefeito ACM Neto assumir o comando nacional da sigla, ele se esquivou: “Ainda é prematuro falar disso”. Curiosamente, Neto se encontra hoje com o presidente Michel Temer (PMDB) em Brasília.

Pílulas

Estratégia  A ausência do vereador Cézar Leite (PSDB) na votação do projeto de atualização do Valor Unitário Padrão (VUP) do IPTU despertou a desconfiança da bancada aliada à prefeitura. À Satélite, vereadores da base contaram que a falta o tucano foi motivada pela ligação dele com o Movimento Brasil Livre (MBL), que tem feito críticas ao reajuste do IPTU. A base contava com o voto dele para atingir os 29 necessários, mas a apreciação acabou adiada.

Reunião Cerca de 150 vereadores se inscreveram no Encontro Interlegis, que pretende reunir integrantes de Câmaras da Bahia em palestras e debates sobre a atividade parlamentar. O evento será aberto amanhã pelo presidente da Câmara de Salvador, Leo Prates (DEM). As inscrições seguem no www.interlegis.leg.br.