Envolvida com drogas, mulher sai de casa e é morta em chacina em SP

Ela saiu de casa e vivia entre residência do namorado e as ruas

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2017 às 18:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo Pessoal

Bruna Calderari, 35 anos, foi uma das quatro vítimas de uma chacina em Tremembé, em São Paulo. Sem identidade, ela foi a última a ser identificada. Ela havia perdido o documento em uma época em que morou nas ruas por conta do uso de drogas. Na madrugada da quinta-feira (9), Bruna foi baleada e morreu.

Ela morava na casa do namorado, que vive com a mãe idosa, há dois anos. A casa fica perto do local em que Bruna e outras três pessoas foram mortas. Segundo a Folha de S. Paulo, Bruna deixava na casa suas roupas e suas plantas. Ela vivia vagando nas ruas e pedia comida aos vizinhos.

Criada em uma família de classe média, Bruna deixou sua casa por conta da dependência de drogas, que enfrentava desde a adolescência. Ela chegou a se mudar para o Rio Grande do Sul com o namorado para estudar direito, depois de passar no vestibular lá. Depois, ela transferiu o curso para a FMU, em São Paulo, e voltou para a capital paulista.

Mas a convivência com a família era complicada por conta do uso de drogas. Meses atrás, ela aceitou ajuda da família para se internar em clínica para fazer uma desintoxicação, mas fugiu no dia que deveria se recolher ao local. Ao todo, foram cinco internações na história de Bruna.

Ainda segundo a Folha, Bruna se alternava entre a casa do namorado e as ruas. Mesmo assim, continuava a manter contato com a família. Ela contou para uma vizinha que seu envolvimento com a cocaína começou ainda no Ensino Médio. Depois, ela piorou e acabou passando a usar também crack.

No dia do crime, ela saiu de casa sozinha, pois o namorado estava cansado e preferiu ficar dormindo. Parou para conversar com conhecidos em uma calçada, quando um carro branco passou atirando. Atingida por três tiros, Bruna não resistiu. Os outros três mortos são moradores de favela - foram identificados como Givanildo Henrique da Silva, 39, Renato Weslly Duarte Bastos, 29, e Erivaldo Bertoldo da Silva Filho, 28. O local é um conhecido ponto de drogas, segundo a polícia. O crime é investigado.