Filipe Catto reafirma condição de melhor cantor de sua geração

Hagamenon Brito

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 06:05

- Atualizado há um ano

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Entre os discos que nos agradam, existem aqueles que seduzem logo de cara e outros que, a cada audição, aumentam o seu poder de sedução, porque vão revelando ainda mais os seus detalhes, camadas e belezas. Filipe Catto posa em Nova York: cantor brilha em seu terceiro álbum de estúdio, Catto, que traz participação de Zélia Duncan (Foto/Lorena Dini/Div.) Terceiro e melhor álbum de estúdio de Filipe Catto, cantor gaúcho radicado em São Paulo, Catto (Biscoito Fino) pertence à  essa última categoria. Com estética mais próxima do rock e um toque glam presente na ótima capa, o trabalho nasceu em um momento de profunda descoberta pessoal do melhor intérprete masculino brasileiro de sua geração. 

"Foi a descoberta do meu silêncio, do que era essencial após o fim de um casamento de sete anos, de mudança de casa, da minha chegada aos 30 anos. Profissionalmente, eu não precisava de um novo disco agora, mas tudo fluiu cinematograficamente para isso", conta Catto, por telefone.

Suingues e reverbs  -  Numa viagem para passar uns dias com a mãe, em Porto Alegre, o cantor conheceu o produtor Felipe Puperi, também vocalista da banda Wannabe Jalva. A parceria musical realimentou a chama rock’n’roll que há no DNA musical de Catto, que começou em bandas de rock na adolescência.  Aliás, rock é o gênero que ele mais escuta no cotidiano, incluindo Arcade Fire, PJ Harvey e Lorde. Entre as camadas do novo disco, encontram-se elementos eletrônicos, suingues e reverbs em boas canções, como o neo-samba Um Nota Um (do baiano Bruno Capinan), Lua  Deserta (Catto), Arco de Luz (Marina Lima Lima e Antonio Cicero) e a épica Torrente (Catto e Fabio Pinczowski) 

Acima da média na cena pop atual do país, a produção põe referências do novo R&B em Canção de Engate, do ícone gay português António Variações (1944-1984), e ecos do New Order em É Sempre o Mesmo Lugar (César Lacerda e Rômulo Fróes), dos belos versos:  "O meu país, eu sei, é tudo por um triz/ Viver, morrer e fugir/ É sempre o mesmo lugar/ Eu quis cansar de ser feliz/ Viver no mesmo país de quem me fez cantar".  

Outro destaque do coeso repertório de dez canções é Só Por Ti, parceria de Filipe Catto com Zélia Duncan, que participa da faixa.  Em um futuro videoclipe, conta, ele e Zélia vão brincar com as semelhanças que existem entre os dois, incluindo uma natural androginia. 

Veja o videoclipe de Lua Deserta

A maravilhosa utopia da fada islandesa Björk

No álbum Vulnicura (2015), a fada cantante islandesa Björk, 52 anos, pintou um quadro confessional e triste sobre o fim da sua relação de dez anos com o artista plástico americano Matthew Barney, com quem esteve no Carnaval de Salvador de 2004. Em Utopia, seu novo e ótimo álbum, Björk busca a luz, o acreditar outra vez na transcendência e na possibilidade do amor.

Não necessariamente o amor carnal, mas a possibilidade universal e espiritual de afeto pelos outros, sejam pessoas, seres, plantas ou objetos. Não é um disco de canções pop, mas sim de atmosferas, de ambientes e orquestrações minuciosas. Ouça, flutue e ame.

Confira o videoclipe de Blissing Me

À espera dos últimos Jedi A partir de amanhã, começa a contagem regressiva para a estreia na telona, dia 14/12, de Star Wars: Os Últimos Jedi,  oitavo episódio da mítica saga estelar criada por George Lucas.  O filme marca a despedida da atriz Carrie Fischer, a Princesa Leia, que morreu em 2016 após sofrer um infarto.

Veja o trailer legendado do filme