Magoado após virar reserva, Juninho não sabe se segue no Bahia

Volante tinha grandes expectativas sobre 2017, mas acabou perdendo posição. "Fiquei um pouco chateado", diz em entrevista exclusiva ao CORREIO

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  • Daniela Leone

Publicado em 25 de dezembro de 2017 às 08:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcelo Malaquias/ECBahia/Divulgação

Vestir azul, vermelho e branco já não é uma convicção. “Independentemente de estar no Bahia ou não, quero ter meu espaço para jogar”, avisa Juninho, em entrevista exclusiva ao CORREIO. O volante, 31 anos, tem contrato com o Bahia até dezembro de 2018, mas só quer permanecer no Fazendão se a próxima temporada for bem diferente da que passou. 

Magoado por ter figurado entre os reservas em 2017, Juninho se diz injustiçado. “Quando eu renovei contrato com o Bahia para essa temporada, achei que seria um dos anos mais fantásticos da minha carreira, inclusive por estar em um clube que, até então, eu achava quer era minha casa. Só que o ano de 2017 foi muito conturbado. Perdi minha posição e até hoje não sei o motivo depois do ano maravilhoso que fiz em 2016”, pontuou o jogador.

Contratado junto ao Macaé-RJ, Juninho foi uma das principais peças do Bahia na campanha de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Em 2016, sua primeira temporada com a camisa tricolor, o volante fez 55 jogos, 50 deles como titular. Conquistou a torcida e a fez vibrar com os 11 gols que marcou.

Esse ano, o número de jogos não foi tão diferente, mas Juninho não começou em campo tantas vezes. O volante fez 51 partidas, 33 delas como titular. Vale lembrar que alguns desses jogos foram disputados no começo do Baiano, quando a equipe reserva representou o time no estadual. Na conta da artilharia, cinco tentos.  

“Esse ano o Bahia fez de tudo pra eu ficar e, nos primeiros jogos do ano, saí do time sem nem mesmo uma satisfação. Acabaram dando preferência para outros jogadores. Fiquei um pouco chateado pela importância que tive em 2016”.

Reserva Juninho perdeu a posição para Edson na segunda rodada do Nordestão, quando o time era treinado por Guto Ferreira. O volante não admite uma rixa, mas comenta-se nos bastidores que os dois não têm um bom relacionamento. 

Quando questionado sobre uma possível volta de Guto ao comando do Bahia, ele prefere não entrar em polêmica. “Entrei de férias e o treinador era Carpegiani. Não vou me desmotivar nunca, até porque amo o que faço, mas eu quero, sim, ter mais espaço. Independentemente do que eu fizesse em campo, eu era um taxado como reserva”.

Curtindo a família em Campo Grande, no Rio de Janeiro, sua cidade natal, Juninho prefere não falar sobre o seu destino em janeiro, mas sinaliza que pode não ser o Fazendão. “Meu empresário passou que tem alguns clubes interessados, mas disse pra eu aproveitar as férias”, desconversou.