Manifestantes liberam acesso à Lapa após três horas de protesto

Grupo pretende fazer caminhada no Campo Grande a partir de 11h

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  • Tailane Muniz

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 09:34

- Atualizado há um ano

Após três horas e meia de protesto contra as reformas da previdência e trabalhista, manifestantes liberaram, por volta de 9h20, a rotária que liga o Dique do Tororó à Lapa. Pelo menos cem ônibus formaram uma enorme fila desde a Vasco da Gama, até as imediações da Lapa, onde se concentrou o ato, que reuniu pelo menos cem pessoas.

Motoristas foram impedidos de passar e, em alguns momentos, houve confusão. Na tentativa de se livrar do congestionamento, alguns condutores se arriscaram a sair de ré e até na contramão. O trânsito segue com intensidade no local.

O protesto foi acompanhado pela Polícia Militar e equipes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). O próximo ato, de acordo com os sindicalistas, está marcado para acontecer a partir das 11h no Largo do Campo Grande.  Manifestantes concentrados no Campo Grande; caminhada seguirá para o Comércio (Foto: Tailane Muniz/CORREIO) O prefeito de Salvador, ACM Neto, criticou a ação de manifestantes que provocou transtornos principalmente na região da Estação da Lapa e do Dique do Tororó. “É inconcebível que 80 pessoas que vivem no passado impeçam que pessoas do bem possam trabalhar e que pais e mães possam levar seus filhos à escola, ao médico ou simplesmente ao lazer”, disse o prefeito, em nota. 

De acordo com Neto, os manifestantes que bloquearam parte do acesso à Estação da Lapa jogam contra Salvador. “São pessoas que sempre viveram das benesses dos sindicatos e nunca trabalharam. Ainda bem que a maioria absoluta da população de Salvador sabe diferenciar muito bem os baderneiros e os que trabalham pelo crescimento da cidade.”Campo Grande Pelo menos mil pessoas participam do segundo protesto do dia em Salvador. No segundo ato do dia contra reformas propostas, cerca de 1000 manifestantes deram início a uma caminhada que saiu do Largo do Campo Grande, com destino à sede do INSS, no Comércio, em Salvador.  Para a aposentada Rosana Costa, 67 anos, o manifesto é legítimo. "Eu vim aqui acompanhar porque sou muito a favor. Temos que lutar, sempre, por condições de vida melhores do que as que temos. Vim pelos meus netos", disse ela, acompanhada de uma das filhas.

Já o vendedor Dalmo Freitas, 42, disse que já imagina o atraso no trabalho. "Eu trabalho em Valéria, agora imagine. Daqui até eu chegar lá, já anoiteceu. Tudo por uma coisa que não adianta de nada. É revoltante", contou ele, que aguardava por um coletivo.

Embora seja grande o número de pessoas, os comerciantes mantém suas portas abertas no Centro. É o caso de Rosalinda Soares, 44, dona de uma loja de variedades na Avenida Sete. "Eu não vou fechar, acho que não tem risco, não. Talvez até seja bom para a gente. Já que a polícia está acompanhando, não faz medo. Eu sou a favor, só sinto por quem se atrasa muito e acaba não chegando no trabalho", relata. Viaturas da Polícia Militar e equipes da Transalvador coordenam ato, que deve ser encerrado por volta de 15h. O trânsito está congestionado para quem sai do Canela ou Federação, sentido Avenida Sete.

Veja a lista com a adesão ao movimento de algumas atividades e serviços para a manhã desta sexta-feira.Trabalhadores Posicionamento Professores municipais, estaduais e federais  participam da paralisação Vigilantes  participam da paralisação Metalúrgicos  participam da paralisação Comerciários participam da paralisação Correios participam da paralisação Petroleiros participam da paralisação Aeroviários participam da paralisação Policiais Civis participam da paralisação  Eletricitários participam da paralisação Rodoviários de Salvador não devem aderir à paralisação Rodoviários das Regiões Metropolitanas não devem aderir à paralisação  Trabalhadores da área de limpeza urbana participam da paralisação Bancários participam da paralisação até às 12h