Oito pessoas são presas em flagrante por pedofilia em Salvador

A operação acontece em todo o país e já prendeu mais de 100 pessoas

  • D
  • Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2017 às 12:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: .
. por Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Operação Luz na Infância, da Polícia Civil, já prendeu oito pessoas em flagrante durante a maior ação da história de combate à pedofilia, deflagrada, na manhã desta sexta-feira (20), pela Polícia Civil em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Pediatra, estudante de engenharia e filho de juiz são alguns dos detidos em Salvador. A operação acontece em todo o país, exceto no Amapá e no Piauí, e já prendeu mais de 100 pessoas. 

Os nomes dos presos ainda não foram divulgados, mas segundo policiais que participaram da operação, entres os acusados de pedofilia presos estão um pediatra e o filho de um juiz. A Polícia Civil realizará uma coletiva nesta tarde para apresentar detalhes da operação.

[[galeria]]

Os nove mandados de busca e apreensão em Salvador foram cumpridos nos bairros do Stiep, Chame-Chame, Pituba, Barbalho, Barroquinha, Itapuã, Coutos e Caminho de Areia. Setenta e seis policiais civis, em 21 viaturas, estão envolvidos na operação. 

As investigações acontecem há seis meses. Segundo a polícia, os alvos da operação foram identificados em um levantamento de informações pela Senasp e a Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil - Adidância da Polícia de Imigração e Alfandega em Brasília (US ImmigrationandCustomsEnforcement-ICE). A Polícia Civil então instaurou inquéritos policiais e representou pelas buscas e apreensões junto ao Poder Judiciário, visando apreender computadores e dispositivos informáticos onde estão armazenados os conteúdos de pedofilia, indiciar e prender os criminosos.

Megaoperação O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, atualizou para 97 o número de presos da megaoperação Luz na Infância, que já cumpriu 106 dos 178 mandados de busca e apreensão emitidos pelos tribunais de justiça estaduais.

As informações sobre os suspeitos foram fornecidas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública às polícias civis dos estados, que têm jurisdição sobre o crime e deram continuidade às investigações. No Amapá e no Piauí, o trabalho não foi concluído a tempo da deflagração da operação, que envolveu os outros 24 estados e o Distrito Federal. O ministro afirmou que o trabalho continua e mais mandados podem ser emitidos nos próximos dias.

Torquato Jardim destacou a importância da cooperação internacional em tecnologia para a segurança pública no Brasil, explicando que os principais crimes que precisam ser combatidos no país são praticados por quadrilhas que têm ligações transnacionais, como os crimes cibernéticos e os tráficos de drogas, armas e pessoas.

"Nada se passa no espaço exclusivo do território nacional. A integração federativa é fundamental, e a integração internacional não é menos fundamental em tecnologia. Essa é uma tecla que o Ministério da Justiça bate muito", afirmou o ministro.

[[publicidade]]

O número final de presos e mandados cumpridos será divulgado pelo Ministério da Justiça até o fim do dia. As investigações agora vão apontar se os presos fazem parte de quadrilhas nacionais e internacionais ou se agiam sozinhos. Também não foram divulgadas informações consolidadas sobre o perfil das pessoas que foram presas.

A Diretoria de Inteligência da Senasp contou com o apoio de parceiros nos Estados Unidos e na União Europeia, que colaboraram com a troca de informações e softwares necessários para monitorar os criminosos. Mais de 150 mil arquivos com conteúdo pornográfico de menores de idade foram encontrados pelas investigações.

"Está bem documentado, e com a maldade extra, porque os hackers conseguem esconder o seu arquivo criminoso dentro do seu laptop", disse o ministro, explicando que uma das estratégias dos criminosos para se esconderem é armazenar o conteúdo pedófilo em computadores de outras pessoas.

Os presos são acusados de armazenar e disseminar o material na internet de produzir o conteúdo pedófilo.