Programa antiburocracia será lançado semana que vem

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Guilherme Bellintani, registrar o endereço comercial no mesmo endereço residencial será possível a partir da próxima semana

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  • Juliana Montanha

Publicado em 17 de maio de 2017 às 08:42

- Atualizado há um ano

Talvez nem todo mundo saiba, mas, hoje, em Salvador, se alguém quiser registrar o endereço de sua casa também como o endereço de sua empresa, isso não vai ser reconhecido pela prefeitura. Esse é só um dos problemas enfrentados por quem quer empreender na cidade. Mas isso pode estar com os dias contados. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Guilherme Bellintani, registrar o endereço comercial no mesmo endereço residencial será possível a partir da próxima semana.É quando será lançado o Simplifica, um programa  ‘antiburocracia’ na cidade. “A partir do momento que a gente souber olhar o processo de inclusão de milhares de pessoas fora do eixo econômico, a gente acredita que a matriz econômica de Salvador pode se transformar. A primeira dessas saídas é o enfrentamento da burocracia que todo cidadão passa para lidar com serviços públicos e sua atividade empreendedora”, afirmou , durante o Correio Encontros, na Casa do Comércio,  ontem. Apesar de ter 65 itens, o Simplifica, cuja primeira etapa de implantação deve ser concluída até março do ano que vem, é só um dos eixos de um programa maior. De acordo com o secretário, serão oito pontos atacados pelo projeto - todos com previsão  até o final de 2018.Bellintani acredita que inclusão vai impulsionar desenvolvimento (Foto: Marina Silva/CORREIO)Uma das novidades é a criação de um hub (um centralizador) de tecnologia, com ambiente co-working localizado no Comércio.  Com investimento de R$ 100 milhões, o centro deve concentrar startups. “Não queremos importar cérebros para Salvador, mas pelo menos tentar fazer com que as pessoas inteligentes de nossa cidade não precisem sair daqui”. O anúncio oficial do hub de tecnologia deve vir acompanhado de um hub de economia criativa, daqui a cerca de 45 dias. O hub de economia criativa deve sistematizar o que já existe em Salvador, como a produção de moda, dança e até de joias. Além disso, o secretário diz que haverá uma regularização fundiária maior do que as ações que já existem hoje, que são mais pontuais. “Um imóvel construído em um terreno irregular recebe um olhar diferente quando a pessoa recebe uma escritura. Isso provocará um novo ciclo e Salvador fará isso a partir de 2017,  não só de forma pontual, mas baseado em leis que foram criadas e em outros projetos de lei que a gente vai enviar à Câmara (Municipal) ainda este ano”.Na opinião de Bellintani, está claro que não existe apenas uma saída para o desenvolvimento de Salvador. “A saída de Salvador (para o desenvolvimento) está na inclusão de seu próprio cidadão. Ele será a arma, a pessoa o ator para isso, não somente o objeto de um novo ciclo econômico. A  esperança  no futuro  precisa ser mais construindo algo sustentável de impacto de médio e longo prazo. E isso não pode acontecer sem a  inclusão”, concluiu.