Donos de postos dizem que perderam R$ 610 milhões durante a greve
O valor tem como base preços e vendas médias durante nove dias
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Da Redação
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Os donos de postos de combustíveis alegam que tiveram prejuízos de R$ 610 milhões durante os nove dias de greve dos caminhoneiros, entre 21 e 30 de maio.
O Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energia Alternativa e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia) estima o prejuízo com base nas vendas médias de gasolina, álcool e diesel e os preços médios dos combustíveis, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) de 21 a 30 de maio.
Durante os nove dias de greve, o abastecimento dos postos ficou prejudicado por causa do bloqueio das rodovias. Porém, na mesma época, os empresários venderam todo o estoque armazenado, já que as notícias de uma possível falta de combustível provocaram uma corrida desenfreada dos consumidores aos revendedores de gasolina, etanol e diesel.
Tributos Segundo o Sindicato, além dos alegados prejuízos com a venda de combustíveis no período da greve, as mudanças na legislação e a alta nos preços fizeram o setor pagar 57,8% a mais de tributos federais nos quatro primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações da Receita Federal.
De janeiro a abril, o setor de combustíveis pagou R$ 22,121 bilhões em tributos federais em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), contra R$ 14,017 no mesmo período do ano passado.
“Os revendedores estão amargando prejuízos que têm colocado o negócio em risco. Alguns postos na Bahia já fecharam ou estão à beira da falência. Difícil sobreviver com uma carga tributária tão elevada”, comenta o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus.