Assine

Trump ameaça destruir Coreia do Norte se 'não tiver escolha'


 

Presidente dos EUA chamou regime norte-coreano de depravado

  • Da Redação

Publicado em 19/09/2017 às 13:27:25
Atualizado em 17/04/2023 às 13:42:06
. Crédito: Foto: AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou destruir a Coreia do Norte em discurso na Assembleia Geral da ONU. O americano disse que o líder do regime, Kim Jong Un, está em uma "missão suicida". Trump chamou novamente Kim Jong Un de "homem foguete", ao se referir aos mísseis lançados pela Coreia do Norte.

Trump disse que não terá outra escolha que não "destruir totalmente" a Coreia do Norte, caso os EUA sejam obrigados a defender a si ou a seus aliados da ameaça nuclear. 

"Os EUA estão prontos e dispostos a tomar ações militares contra a Coreia do Norte, mas espero que isso não seja necessário", disse. 

Ele pediu que a ONU tome "medidas drásticas" para impedir continuidade do programa nuclear norte-coreano. "É para isto que a ONU serve. Vamos ver do que ela é capaz", declarou.

Trump chamou o regime de Kim Jong-Un de "depravado e responsável pela morte, opressão, tortura e prisão de muitos cidadãos do país". E afirmou que a busca da Coreia do Norte por armamento nuclear é irresponsável e ameaça o mundo inteiro com uma perda "impensável da vida humana". Ele disse que o líder norte-coreano está em uma missão suicida para si mesmo e o seu regime.

"Estamos dispostos e preparados para  tomar uma ação militar, mas esperamos que isso não seja necessário", frisou Trump, observado de perto pelo representante norte-coreano, que acompanhou o discurso na primeira fila, por causa do sorteio de lugares realizado pela organização dos debates.

Trump também pediu que as Nações Unidas pressionem os países que financiam a Coreia do Norte para interromper os financiamentos que estão alimentando o programa nuclear do país.

Barrando o mal

"Se os muitos justos não confrontarem os poucos maus, então o mal triunfará", disse Trump.  Ele agradeceu à China e à Rússia por terem votado a favor das sanções contra a Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU. O país foi sancionado duas vezes em agosto e na semana passada pelo conselho, por unanimidade, por causa da continuidade dos seus testes nucleares e de ter lançado misseis de médio alcance para ameaçar o Japão.

Desde que o magnata republicano chegou ao poder, há oito meses, as tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte tem aumentado e Kim Jong Un e Trump têm trocado ameaças em um tom cada vez mais agressivo.

No mês passado, o líder americano ameaçou desencadear um “fogo e fúria como o mundo nunca viu" se a Coreia do Norte não parasse de ameaçar o país. Discurso que, longe de intimidar, parece ter servido de combustível para Kim Jong Un: depois disso foram feitos pelo menos quatro testes com mísseis, um deles com uma bomba de hidrogênio no começo de setembro, considerada a mais poderosa testada até agora pelo regime norte-coreano.