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Chacina dos apps: MP denuncia travesti suspeita de participar de crime em Salvador


 

Quatro motoristas de aplicativos foram mortos na Mata Escura, em dezembro de 2019

  • Da Redação

Publicado em 21/01/2020 às 11:20:00
Atualizado em 20/04/2023 às 18:05:06
. Crédito: Bruno Wendel/Arquivo CORREIO

O Ministério Público estadual (MP-BA) denunciou, nesta terça-feira (21), Benjamim Franco da Silva Santos, de 25 anos, conhecida como Amanda ou Franklin, pela participação na chacina de quatro motoristas dos aplicativos Uber e 99 no dia 13 de dezembro, na localidade de Santo Inácio, no bairro de Mata Escura, em Salvador.

Segundo a denúncia, Amanda, que é integrante da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), em companhia de um menor de 17 anos, atraiu cinco motoristas de aplicativos para o local da execução criminosa. Junto com Jeferson Palmeira Soares, vulgo Jel, líder da facção BDM; Antônio Carlos de Carvalho, vulgo Nonon; e Marcos Moura de Jesus, eles assassinaram quatro motoristas. À exceção de Amanda, todos os integrantes da quadrilha estão mortos. 

Amanda foi presa no Alto do Tanque, em Periperi, na noite do dia 26 de dezembro. Ela já tinha sido presa outras quatro vezes.

No dia do crime, uma das vítimas conseguiu fugir do local da execução por meio de um matagal. Segundo o promotor de Justiça Davi Gallo, o crime foi motivado por vingança: “No dia anterior, Jeferson teria efetuado chamada para diversos motoristas com o objetivo de socorrer um parente, mas as corridas não foram aceitas em razão de tratar-se de local violento e inseguro, e a pessoa que seria socorrida veio a óbito”.

Amanda foi denunciada pelo homicídio dos quatro motoristas qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, além de roubo qualificado, associação criminosa e os dispositivos da Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90).

Davi Gallo registrou que “o bando agia em caráter estável e permanente, fortemente armados, com arma de grosso calibre, com divisão de tarefas preestabelecidas, visando a prática dos mais variados crimes, com emprego de grande violência contra pessoas, patrimônio e tráfico de entorpecentes”. O MP pediu também a decretação de prisão preventiva de Amanda, que atualmente encontra-se custodiado na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Salvador.