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Julgamento de bombeiro acusado de matar esposa dentro de escola é adiado


 

Caso aconteceu em maio de 2016, no bairro de Castelo Branco

  • Gil Santos

Publicado em 30/05/2019 às 17:51:00
Atualizado em 19/04/2023 às 20:19:07
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Ex-major admitiu assassinato da esposa (Foto: Reprodução) O julgamento do ex-major do Corpo de Bombeiros Valdiógenes Almeida Cruz Junior, 45 anos, que confessou ter matado a tiros a esposa, a professora Sandra Denise Costa Alfonso, 40, foi adiado. O crime aconteceu no dia 13 de maio de 2016, dentro de uma escola no bairro de Castelo Branco.

O júri, que estava marcado para acontecer nesta quinta-feira (30), está previsto para o dia 22 de julho, às 8h, no Fórum Ruy Barbosa.

Segundo o advogado Alfredo Venet, responsável pela defesa de Valdiógenes, uma das testemunhas teve problemas de saúde e não pôde comparecer ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador, para prestar depoimento.

“O julgamento estava marcado para hoje, porém, como uma testemunha importante teve um problema de saúd,e eu peticionei arguindo que era imprescindível a presença da testemunha. O júri foi suspenso e remarcado”, afirmou.

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) confirmaram o adiamento do júri.  Crime ocorreu dentro de escola municipal (Foto: Evandro Veiga/Arquivo CORREIO) O crime Valdiógenes Almeida Cruz Junior se entregou à polícia três dias depois do crime, no dia 16 de maio de 2016, e chorou durante o depoimento. Sandra foi assassinada no seu local de trabalho, a Escola Municipal Esperança de Viver. Um dia depois de prestar depoimento ele foi exonerado do cargo de major dos Bombeiros.

Segundo testemunhas, Valdiógenes levou a esposa ao trabalho pela manhã e retornou pouco antes do almoço. Como era conhecido pelos funcionários da escola, entrou normalmente no prédio, onde encontrou Sandra em um dos corredores, a abraçou e levou para uma sala de aula que estava vazia. Lá, matou a esposa a tiros e fugiu pulando o muro da escola.

À época do crime, os dois eram casados há 21 anos e tinham uma filha de 14. Em 2016, defesa de Valdiógenes afirmou que foram mensagens no aplicativo WhatsApp que motivaram o crime. Ele teria usado um aplicativo espião e encontrado uma troca de mensagens da esposa com um homem desconhecido.

O corpo de Sandra Denise foi velado no Cemitério do Campo Santo, em Salvador, e sepultado no dia 16 de maio, na cidade de Bragança, no estado do Pará, onde o pai da professora nasceu. A cidade fica a 210 quilômetros de Belém, onde Sandra Denise nasceu e morou até se casar com Valdiógenes e mudar-se para Salvador.