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Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2019 às 14:40
- Atualizado há um ano
O Exposição e Workshop Anual Internacional de Enoturismo (IWINETC) é o principal evento global para a indústria do turismo de vinhos realizado em destinos de uvas ao redor do mundo. O evento oferece treinamento profissional e uma extensa área de exposições sobre destinos de viagens e seus vinhos. Um ambiente de negócios que reúne operadores turísticos e produtores de vinhos revelando os destaques do enoturismo. A 12ª IWINETC [www.iwinetc.com] que será realizada em Trieste, Friuli Venezia Giulia, Itália, em março de 2020, receberá vinicultores da Bahia.
O turismo rural é uma indústria em crescimento em muitas partes do mundo como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Holanda, França, Espanha, China e Filipinas. Envolve atividades agrícolas que atraem visitantes para a colheita de frutas, criação e alimentação de animais, passeios em parreirais e a hospedagem em fazendas, incluindo provas e compras diretas de produtos. No rico e biodiverso ambiente brasileiro outros segmentos podem ser agregados ao eco-agro-eno turismo, como o birdwatchers (observadores de pássaros), por exemplo.
Enquanto membros da American Birdwatchers Association [aba.org], movimentam 20 bilhões de dólares/ano para observar pássaros, consumindo passagens, diárias, souvenires e outros produtos como café e vinhos especiais, com identidades e origem controladas, a famosa revista britânica Bird Watching [birdwatching.co.uk] mostra a corrida dos pássaros da primavera que estão "com pressa" para reivindicar um território de reprodução. O café Latitude 13 [bit.do/latitude13], produzido em um dos melhores terroirs do planeta, que leva o aroma, a qualidade e o sabor da Bahia para o mundo, está ganhando um novo aliado, o vinho da chapada que, em lapidação, já revela o mais novo diamante da região. Ambos estão nas rotas dos birdwatchers.
Abraçando a biodiversidade exuberante, com flora e fauna abundantes do Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Agropolo, situado nos municípios de Mucugê e Ibicoara, promove agricultura familiar de alta qualidade com produtos nobres como o morango, mirtilo, amora preta e framboesa. Assumindo compromissos de compatibilizar boas práticas de produção agrícola com a imperiosa preservação ambiental, obteve o primeiro Licenciamento Ambiental Conjunto do país em 2012. Hoje, a produção local de hortifrutigranjeiros alimenta anualmente milhões de pessoas. Segundo o IBGE, Mucugê e Ibicoara ocupam 9º e 10º lugares, respectivamente, no PIB agropecuário estadual.
Inovando no plantio de videiras e no projeto enoturístico, a Fazenda Progresso, integrante do Agropolo, implementa ambiente protegido de 100.000 m2 livre de agroquímicos e com baixa demanda hídrica entendendo que, na era da “eco-nomia digital”, onde um simples toque na tela do smartphone expõe informações e possibilidades de conexões e negócios internacionais, esses antes esquecidos municípios do interior da Bahia passam a ser destacados pontos do planeta de interesse especial de investidores e da comunidade internacional.
Trilhando o caminho para adotar a Agenda 2030 / Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, da ONU [www.agenda2030.com.br], uma espécie de dialeto global comparado ao esperanto, onde todos, de qualquer idioma, conseguem entender, o Agropolo da Chapada Diamantina entra na conversa da rica comunidade internacional – município com município – conectando as cidades. Inserido neste cardápio global, os ODS ajudam a promover e a atrair eco-agro-eno turistas e investimentos sustentáveis para usufruir, festejar e divulgar os potenciais “eco-nômicos” dessa rica região.
*Eduardo Athayde é diretor da Rede WWI - [email protected]. Fabiano Borré é diretor da Fazenda Progresso, integrante do Agropolo - [email protected]