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Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 08:56
- Atualizado há 2 anos
Luiz FranciscoEspecial para o CORREIO>
Até o final do ano que vem, a Coelba vai investir R$ 113 milhões no Oeste da Bahia, um dos maiores polos agrícolas do Brasil. O valor contempla o aumento da oferta e melhoria da qualidade da energia elétrica, ampliação do sistema e rapidez no atendimento, de acordo com o presidente da companhia, Moisés Sales.>
“Nós sempre estivemos atentos ao crescimento do agronegócio e à sua importância para o desenvolvimento da Bahia”, afirmou Sales. Os R$ 113 milhões disponibilizados no orçamento da empresa para o Oeste são destinados à construção de subestações e linhas de distribuição em alta (138 kV) e média (34,5 kV) tensão. >
O Oeste da Bahia concentra, de maneira folgada, a fatia mais expressiva do agronegócio no estado, respondendo por mais de 80% da produção de grãos, com matriz diversificada, tecnificada e muito qualificada. >
Cerrado Isso se dá de modo especial pela existência de amplas áreas de cerrado e com boas condições de produção, que faz crescer a ocupação e permite ampliar cada vez mais o desenvolvimento dessa área. Com 39 municípios, a região do oeste baiano tem população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em quase 1 milhão de habitantes. Os produtores costumam reclamar tanto da oferta quanto da qualidade no fornecimento de energia.>
O cerrado abrange aproximadamente 6 milhões de hectares. Do total, no momento, 2,25 milhões são utilizados para a agricultura, enquanto os cálculos indicam que mais de 3 milhões sejam agricultáveis. Nos seus chapadões planos, pratica-se agricultura empresarial e intensiva, destacando-se as produções de soja, algodão, milho e café. >
Na área de Formosa do Rio Preto, o investimento é de R$ 44,6 milhões. As obras para construção da Subestação São Marcelo, da linha de alta tensão 138 kV Rio Branco/São Marcelo e da linha de média tensão 34,5 kV São Marcelo, estão na fase de licenciamento ambiental. >
Além disso, nessa região, será construída nova entrada de linha 138 kV e implantado novo reator na Subestação Rio Branco, equipamento que proporcionará maior qualidade nos níveis de tensão para as cargas atendidas, segundo a empresa. >
Para a região de Luis Eduardo Magalhães, o volume chega a R$ 12,3 milhões. Já foram concluídas as construções das subestações Mundo Verde e São Desidério e da linha de média tensão Mundo Verde. Além disso, também em construção a terceira entrada de linha 34,5 kV na Subestação Roda Velha e implantação de novo reator na Subestação Rio Grande. Com projeto concluído, serão iniciadas e entregues ainda este ano as obras de construção da entrada de linha 138 kV na Subestação Rio das Pedras.>
Na região de Pratudão, a Coelba destinou R$ 22 milhões em obras realizadas desde o início do ano passado, como a construção da Subestação Rio Itaguari e a linha de alta tensão Rio Formoso/Rio Itaguari. Atualmente, encontra-se em fase de obras a linha de média tensão Itaguari, a Subestação Pratudão e a linha de média tensão Pratudão.>
Na área de Correntina, estão sendo investidos R$ 7,7 milhões para introdução de 138 kV na Subestação Rio das Éguas. O projeto já foi concluído e a previsão de entrega desta obra é até o final deste ano. “Com todas essas obras, a região Oeste ficará muito bem servida de energia. Mas é importante lembrar que o trabalho de ampliação da rede é permanente, porque a Coelba somente vai crescer se a Bahia se desenvolver”, disse Sales. >
Investimentos Gerais A Coelba, empresa do Grupo Neoenergia, destinou em seu orçamento R$ 1,3 bilhão para investir este ano no sistema de distribuição de energia elétrica em todo o estado. O valor representa evolução de cerca de 20% em relação ao investido em 2011. Os recursos foram aplicados principalmente em obras de expansão de rede, construção de novas subestações, manutenção, melhoria e modernização do parque elétrico, além da ligação de novos consumidores nas zonas rural e urbana.>
Do total, aproximadamente R$ 430,8 milhões foram destinados a expansão e renovação da rede de distribuição; R$ 20,7 milhões aplicados em automação e telecomunicações para o sistema elétrico; R$ 813,6 milhões direcionados às obras de ligação de novos consumidores do campo e da cidade; R$ 29,4 milhões transferidos para instalações gerais, destacando-se a renovação da frota de veículos e ações na área de infraestrutura; e R$ 6,7 milhões voltados para projetos especiais, a exemplo do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento.>
Safra ainda maior para 2013O Oeste da Bahia deverá plantar, na safra 2012/13, 2,25 milhões de hectares, com crescimento de 8% em relação a 2011/12. Segundo dados do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), serão cultivados 1,28 milhão de hectares com soja, 235 mil hectares com milho e 266 mil hectares de algodão, este com redução de área de 31% em relação à safra 2011/12.>
O saldo remanescente da área plantada inclui outras culturas, como café, feijão e frutas. A explicação para a redução da área plantada com algodão se deve basicamente à queda nos preços da commodity e ao aumento nos preços da soja. >
Se a expectativa do Conselho da Aiba se confirmar, o cerrado baiano produzirá em torno de 4 milhões de toneladas de soja, 1 milhão de toneladas de algodão em capulho (427,5 mil toneladas de pluma) e 2,2 milhões de toneladas de milho. O café terá produção de 35 mil toneladas e sua área se manteve estável em 13 mil hectares. Ao todo, a região deverá colher 7,24 milhões de toneladas de grãos e fibras.>
Nove municípios formam esse ambiente, estando à frente, em área, Formosa do Rio Preto, com 16.185 km², e São Desidério, com 14.820 km². Este é também o maior produtor de algodão do Brasil em área plantada. O polo sedia igualmente a maior cidade da região, Barreiras, e o denominado Centro do Agronegócio, o município de Luis Eduardo Magalhães.>
Outra área característica da região é o chamado Vale, onde predominam as culturas de subsistência, como mandioca, milho, arroz, feijão e fruticultura, bem como a pecuária, que está se expandindo.>
Destacam-se ainda no Oeste aspectos como as condições de solos, de água e de clima favoráveis à produção agropecuária. Os solos adaptam-se aos diversos cultivos agrícolas, enquanto 29 rios perenes formam a hidrografia. Já as temperaturas ficam entre 20 a 26 graus, a insolação é boa e a estação de chuvas, regular, iniciando-se normalmente em outubro e encerrando-se em abril.>