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Prestadora de serviço da Codeba mantém funcionários em condições de escravos em Ilhéus

Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, os funcionários viviam em péssimas condições de higiene

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 16:45

 - Atualizado há 2 anos

Em uma operação conjunta, auditores fiscais do trabalho e agentes da Polícia Federal encontraram nesta sexta-feira (17) cinco trabalhadores vivendo em condições análogas de escravidão, em Ilhéus, no sul da Bahia. Os homens estavam a serviço da empresa Passo Três, contratada pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) para execução de serviços de construção civil.(Foto: Divulgação)De acordo com o encarregado da obra, dois trabalhadores vieram do município de Ubatã e dois de Ibirataia. Com exceção dele, os demais trabalhadores não possuem a carteira assinada. Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE), os funcionários viviam em péssimas condições de higiene.

O órgão informou ainda que os colchões da casa foram comprados pelos próprios trabalhadores e a comida vinha sendo comprada, desde o mês de março, pelo encarregado da obra com o seu próprio dinheiro, totalizando um valor de dois mil reais, sem ressarcimento algum por parte da empresa.

Ainda segundo a Superintendência, os trabalhadores foram levados para o alojamento do Centro de Referência de Assistência Social da Cidade (Cras). O responsável pela empresa Passo Três não foi encontrado e a Codeba afirmou que não tinha conhecimento das condições impróprias em que os trabalhadores estavam submetidos.

Segundo o Auditor Fiscal Daniel Fiuza, os esforços estão sendo feitos para encontrar o empregador a fim de regularizar a situação dos trabalhadores, efetivando a formalização do vínculo empregatício, com a assinatura da carteira de trabalho, o pagamento das verbas rescisórias e o retorno às cidades de origem. Também estão sendo providenciada pelos Auditores Fiscais, a emissão das guias do seguro desemprego para os trabalhadores resgatados.(Foto: Divulgação)Segundo caso em duas semanasNa semana passada, uma força tarefa resgatou dois trabalhadores em condições análogas de escravidão no interior do estado.A ação ocorreu entre os dias 1º e 4 de junho. Em uma fazenda no município Presidente Jânio Quadros, no centro sul do estado, foi resgatado um homem que trabalhava há mais de 15 anos sem receber salário e morava em um casebre sem água encanada e sanitário.

De acordo com o MT, o homem recebia do proprietário da fazenda uma espécie de mesada de R$ 50 para comprar roupas e remédios nas poucas vezes em que foi à cidade. Familiares relataram que, em uma ocasião, ele se queixou de ter sido agredido pelo fazendeiro.

No distrito de Inhobim, zona rural do município de Vitória da Conquista, ocorreu o segundo resgate. Há sete anos o homem trabalhava na colheita de café e recebia menos de um um salário mínimo por mês. De acordo com o MT, ele morava num barraco precário, feito de sapé e sem banheiro.