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'Sem as baianas, não existiria Lavagem do Bonfim', diz veterana da festa

Avani Adams há mais de 55 anos é uma das responsáveis por lavar o adro e as escadarias da igreja

  • M
  • Millena Marques

Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 10:28

Edivalda Oliveira, 67, e Avani Adams, 76
Edivalda Oliveira, 67, e Avani Adams, 76 Crédito: Millena Marques/CORREIO

Cumprir o trajeto de quase 8 quilômetros entre a Basílica Santuário Conceição da Praia até a Basílica Santuário do Nosso Senhor do Bonfim não é mais uma realidade da baiana Avani Adams, 76 anos, uma das responsáveis por lavar o adro e as escadarias da igreja do Bonfim no dia da tradicional festa.

Embora não realize o percurso em razão idade, a filha de Oxum chega cedo ao Largo para cumprir o ofício de mais de 55 anos.

Antes das 8h desta quinta-feira (11), quando os devotos que fazem a caminhada ainda estão chegando no Comércio, Avani marca presença no Largo do Bonfim ao lado das colegas baianas.

"Nós aguardamos o cortejo chegar ao lado da igreja. É muito importante fazer parte desta celebração. Sem as baianas, não existiria Lavagem do Bonfim", diz.

Conhecida como uma das festas que melhor representa o sincretismo religioso no estado, quiçá do Brasil, a Lavagem do Bonfim é celebrada por católicos e pelo povo de santo. Quem é católico celebra Jesus, o Senhor do Bonfim, enquanto o povo de santo honra Oxalá, o orixá supremo.

"Nós, de matriz africana, celebramos Oxalá, o primeiro e maior. É muito para nós celebrar esse dia", afirma.

Colega de Avani, Edivalda Oliveira, 67, também aguarda a procissão chegar ao lado do templo. A baiana faz parte da tradição desde os 10 anos, acompanhada da avó, que também lavava as escadarias.

"Lavar as escadarias é um movimento simbólico. Nós usamos água de cheiro, que é limpa o corpo e tira tudo que é negativo", afirma.