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Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 20:50
- Atualizado há 2 anos
Dentista morreu em assaltoDois homens foram condenados a 37 anos de prisão pelo assassinato da dentista Cynthia Magaly Moutinho de Souza, que foi queimada viva durante um assalto a seu consultório em São Bernardo do Campo, cidade de São Paulo, em abril do ano passado. A sentença foi divulgada nesta terça-feira (6), mais de um um ano depois do crime.>
Além de Victor Miguel Souza e Thiago de Jesus Pereira, um terceiro acusado, Jonatas Cassiano Araújo, foi condenado a 36 anos de prisão. Eles foram condenados por latrocínio, roubo, extorsão e formação de quadrilha, segundo o Ministério Público de São Paulo.>
A Justiça acolheu as qualificadoras apresentadas pela denúncia: motivo fútil, dissimulação de conduta e uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima, assim como uso de fogo. O juiz diz na sentença que os condenados agiram de maneira fria e insensível e que mesmo nada fizeram para conter o fogo ao ver a vítima ardendo em chamas.>
O juiz ainda ressaltou as consequências do crime, lembrando que a dentista era responsável por sustentar os pais e a irmã, que tem necessidades especiais. Os condenados poderão recorrer, mas não em liberdade.>
R$ 30 na contaTrês criminosos entraram no consultório da dentista enquanto ela atendia uma paciente. Disseram que estavam com muita dor de dente. Ela abriu a porta e o trio anunciou o assalto. A vítima, sem dinheiro na bolsa, entregou o cartão bancário e a senha para dois dos criminosos - o terceiro bandido continuou no consultório com a dentista. Uma paciente também foi rendida e encapuzada.Ao voltar, a dupla teria reclamado que na conta bancária da dentista havia somente R$ 30. Após uma discussão, os criminosos jogaram álcool e atearam fogo na dentista, que morreu no local. Os três assaltantes fugiram em um Audi, dirigido por um quarto comparsa, segundo testemunhas.A paciente contou à polícia que ouviu muita gritaria na recepção do consultório, e a vítima apavorada, temendo pela vida.Sofá onde dentista foi queimada viva (Foto: Reprodução)“Ela contou que os bandidos disseram que não era a primeira pessoa que tinham matado e que não teria problema em matar mais uma”, falou à TV Globo o delegado seccional de São Bernardo do Campo, Waldomiro Bueno Filho.Solteira, a dentista morava com a família - pai, mãe e uma irmã - numa casa ao lado do consultório. A mãe ajudava a filha, marcando consultas dos pacientes. “A vida dela era o trabalho. Era uma “menina” de casa para o serviço. A vida dela se resumia na nossa”, falou à TV Globo a mãe, Risoleide de Souza.>