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Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2023 às 19:35
A dançarina Thamires Candida, que viralizou nas redes sociais enquanto usava uma máscara de equino e dançava 'Cavalo Taradão' numa escola, quebrou o silêncio sobre a polêmica. Em seu perfil no TikTok, ela afirmou que já viajou o mundo com o espetáculo que deixou “as crianças felizes”. >
No vídeo, ela esclarece que é difícil entender o contexto da apresentação, uma vez que “milhares de coisas estão acontecendo". Thamires justificou ainda que a música "Olha os cavalos no cio", conhecida por sua versão em "funk proibidão", foi modificada para performance com a letra "o cavalo ficou danado, coloca de frente, galopa de lado”.>
"As pessoas estão julgando que é do diabo, que é isso, que é aquilo. Vamos ter Deus no coração. As crianças estão muito felizes, não tem nada de mais. A música foi modificada para uma versão light. Para quem não conhece a música do "Cavalo no cio", provavelmente vai escutar a versão polêmica. E essa não é, fala “o cavalo ficou danado, coloca de frente, galopa de lado”. A gente viaja pelo mundo afora apresentando nossa arte, apresentando nossa dança. É claro que vocês não vão entender contexto nenhum, até porque é um simples vídeo que a gente coloca, milhares de coisas estão acontecendo", afirmou a dançarina.>
Na apresentação, uma dançarina usava uma máscara de cavalo. A mulher inicia a performance "galopando" em cima de um homem e, em seguida, continua dançando, embalada pelo funk de autoria de MC Cavalo. A letra da música faz menção a um cavalo no cio. "Vem mulher, vem galopando, que o cavalo tá chamando. Olha os cavalo (sic) voltando, os cavalo (sic) no cio. Cavalo taradão", diz trecho do funk. Outra parte da música faz menção a um ato sexual: "Galopa, galopa, galopa, depois senta e rebola. Faz a posição, vem de quatro pro negão, que o cavalo tá doidão", diz a letra. Dezenas de crianças assistiam à apresentação.>
Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro afirmou repudiar "veementemente o teor da apresentação do grupo, inscrita como classificação livre em edital público em 2022". A pasta acrescentou que a seleção do projeto foi realizada por comissão independente, pertencente à sociedade civil. O grupo foi proibido de executar qualquer apresentação nas unidades da rede municipal.>
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também rechaçou a performance.>
"Gente, eu recebi esse vídeo absurdo aqui e eu queria entender o que se passa na cabeça de alguém que acredita que isso aqui é algo que possa ser apresentado para crianças. Eu reagi como qualquer pessoa lúcida que vê essa gravação: com muita indignação e com repúdio. Criança está na escola para estudar, para aprender, para desenvolver as habilidades. Nós vamos endurecer o controle sobre qualquer apresentação, atividade ou palestras feitas nas escolas municipais da cidade, principalmente por esses grupos independentes, para que isso não volte a acontecer. Eu não admito que a gente desperdice tempo e exponha as crianças a esse tipo de conteúdo. Não é possível que alguém considere adequado ao ambiente escolar", diz Paes.>