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Condenado por sequestro e morte de Eloá, Lindemberg é apontado como 'preso exemplar'

Assassino de Eloá Pimentel continua na prisão, estuda e trabalha

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 13:01

Lindemberg Alves
Lindemberg Alves Crédito: Reprodução

A vida de Lindemberg Alves, condenado pelo assassinato de Eloá Pimentel, despertou novamente atenção com um novo documetário da Netflix sobre o crime, além do sucesso de "Tremembé", da Prime Video, que traz histórias do "presídio dos famosos".  Atualmente, Lindemberg cumpre pena em regime semiaberto, mantendo rotina de estudos e trabalho dentro da penitenciária.

Condenado inicialmente a 98 anos e 10 meses por homicídio qualificado, cárcere privado, tentativa de homicídio e disparos com arma de fogo, sua pena foi reduzida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 2013. O juiz determinou que Lindemberg cumprirá 39 anos e três meses de prisão.

Segundo sua defesa, ele nunca deixou de participar das atividades disciplinares e teve 109 dias de pena abatidos pelo juiz José Loureiro Sobrinho, da comarca de São José dos Campos. Além disso, comprovou envolvimento em trabalhos internos e completou um curso de empreendedorismo oferecido pelo Sebrae. 

Lindemberg Alves por Reprodução

Em nota, a advogada Márcia Renata destacou que o detento mantém “comportamento exemplar” e seguirá com esta conduta para que a pena seja reduzida conforme previsto na Lei de Execução Penal. Lindemberg foi inicialmente transferido para o regime semiaberto em 2021, teve o pedido revogado, e, em 2022, a progressão foi oficialmente concedida. Com isso, ele tem direito às chamadas "saidinhas" em feriados específicos. 

Relembre o crime

O assassinato de Eloá ocorreu em outubro de 2008, em Santo André. Na época, Lindemberg tinha 22 anos e Eloá apenas 15. O criminoso manteve a jovem refém por cinco dias, enquanto realizava negociações com a polícia para sua soltura. A operação policial, considerada posteriormente como “mal-sucedida”, terminou com a morte da adolescente. Lindemberg só foi condenado quatro anos depois.

Eloá e Lindemberg haviam iniciado o relacionamento quando a jovem tinha 12 anos. Nos dois anos seguintes, mantiveram um namoro instável. Um mês antes do crime, Lindemberg havia terminado o relacionamento, mas buscou reatar, enquanto Eloá decidia manter distância.

No dia 13 de outubro, a adolescente voltou do colégio acompanhada dos amigos Iago, Nayara e Victor, que ficaram em sua casa para trabalhar em um projeto escolar. Enquanto os meninos mexiam no computador, as meninas preparavam o almoço. Foi nesse momento que Lindemberg invadiu a residência, armado, mantendo os quatro como reféns, mas liberando os garotos no mesmo dia. No dia seguinte, Nayara foi libertada, mas Eloá permaneceu em cárcere.

Durante as negociações, Nayara chegou a retornar ao apartamento e presenciar a morte da amiga, sobrevivendo ao ataque. A polícia, em meio a cobertura intensa da mídia e presença de uma multidão na rua, apresentou um documento garantindo que o sequestrador não seria ferido se se entregasse, conforme exigência de seu advogado. No entanto, à noite, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) invadiu o local e deteve Lindemberg, que, antes, disparou contra Eloá e baleou Nayara.

Eloá foi levada ao hospital viva, mas inconsciente. Cinco dias depois, em 18 de outubro de 2008, a morte cerebral da adolescente foi confirmada.