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'Deputado reborn x cosplay de pavão': briga no Congresso precisa de intervenção policial

Confusão aconteceu durante votação que afrouxou regras do licenciamento ambiental

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 17 de julho de 2025 às 09:14

Célia Xakriabá e Kim Kataguiri
Célia Xakriabá e Kim Kataguiri Crédito: Reprodução

A madrugada desta quinta-feira (17) foi marcada por tensão e bate-boca no plenário da Câmara dos Deputados, durante a votação das novas regras para o licenciamento ambiental. A sessão, que se arrastava até por volta de 2h30, terminou em confusão entre os parlamentares Célia Xakriabá (PSOL-MG) e Kim Kataguiri (União-SP), exigindo a presença da Polícia Legislativa para conter os ânimos.

A discussão começou após provocações de Kim, que, ao criticar compensações feitas a comunidades indígenas na construção da Usina de Belo Monte, afirmou que houve entrega de picapes e dinheiro em troca da liberação do empreendimento. Célia, indignada, reagiu duramente à fala. Ela acusou o deputado de desconhecer a realidade do país e o chamou de “estrangeiro” e “deputado reborn”.

Kim respondeu com ironia e alfinetou o uso do cocar por Célia. Ele afirmou que o pavão, animal asiático, teria mais ligação com suas origens do que com as tradições indígenas brasileiras. “Não tem nada a ver com tribo indígena aqui no Brasil, mas tem gente que parece que gosta de fazer cosplay (de pavão)”, disse o parlamentar. Antes disso, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) já havia feito menção semelhante ao se referir a Célia como “pavão misterioso”.

A situação fugiu do controle quando Célia pediu direito de resposta. Após um discurso emotivo sobre o desrespeito aos povos indígenas, ela continuou falando mesmo após o término do tempo concedido. O presidente da sessão, Hugo Motta (Republicanos-PB), ignorou a movimentação crescente no plenário e tentou seguir com a votação, pedindo que o próximo deputado assumisse o microfone.

Com o tumulto crescendo, Célia se dirigiu a Kim e os dois passaram a discutir frente a frente. A confusão se instalou de vez, e apenas com a entrada da Polícia Legislativa os ânimos começaram a se acalmar. Mesmo assim, Motta não suspendeu a sessão.

Na saída, Motta declarou que o caso será analisado e afirmou que, enquanto estiver na presidência, não tolerará desrespeito entre parlamentares.