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Dor crônica: saiba tudo sobre uma das principais causas de sofrimento e perda da qualidade de vida no mundo

Especialista explica como tratar a dor e minimizar seus danos na vida das pessoas afetadas pelo problema

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 4 de julho de 2025 às 09:18

A dor emocional extrema pode afetar seu coração de verdade
Dor crônica: saiba tudo sobre uma das principais causas de sofrimento e perda da qualidade de vida no mundo Crédito: Freepik

Considerada uma das principais causas de sofrimento e perda de qualidade de vida no mundo inteiro, a dor crônica acomete a mais 20 milhões de pessoas com mais de 50 anos no Brasil. Ou seja, 37% da população nesta faixa etária, segundo dados da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor. O 5 de julho é considerado o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Dor Crônica no Brasil e foi instituído para chamar a atenção da sociedade para este problema de saúde.

Diretor da Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR), que reúne os médicos fisiatras, Carlos Alberto Issa Musse alerta que preocupação com o problema só vem aumentando. “A dor crônica é um grande problema clínico, social e econômico. Uma quantidade cada vez maior de pessoas tem suas vidas destruídas pela dor e merecem nossa ajuda”, afirma Musse. Ele fala com propriedade, pois os fisiatras são os especialistas envolvidos no diagnóstico clínico e na recuperação funcional dos pacientes, tratando a dor e minimizando seus danos importantes à vida deles.

Além de todo o sofrimento que causa aos milhões de brasileiros, o diretor da ABMFR destaca que a dor resulta em grande impacto econômico no sistema de saúde e na produtividade da sociedade. “Primeiro pelas extensas e muitas vezes infrutíferas investigações clínicas dos pacientes e devido aos seus efeitos nas taxas de absenteísmo, redução nos níveis de produtividade, inclusive com afastamento das pessoas do mercado de trabalho.

A dor crônica é diferente da dor comum, salienta o médico fisiatra. “Não é a dor que sentimos em um trauma, ou uma cólica abdominal, que servem como alerta e proteção para que a pessoa faça algo. Estas dores agudas têm uma causa definida e duram poucos dias. A dor crônica persiste por mais de três meses e continua mesmo após o tempo normal de cura da lesão ou sem uma causa aparente”, explica o médico fisiatra.

A dor crônica pode se manifestar de forma contínua ou intermitente e afetar diferentes partes do corpo — como costas, ombros, joelhos, cabeça, músculos, articulações, até áreas internas do corpo ou ser generalizada.

Idosos são os que mais sofrem com esse tipo de dor, mas não só eles. Os jovens adultos, principalmente mulheres, também são frequentemente afetados. “Estudos mostram que a dor crônica é mais prevalente entre mulheres, mais comum em pessoas com baixo nível socioeconômico, sedentárias ou com histórico de problemas de humor, estresse elevado ou doenças crônicas, como diabetes e artrite”, afirma o diretor da ABMFR.

O fisiatra é o médico especialista em investigar a origem da dor e realizar uma avaliação completa do histórico do paciente, a funcionalidade dos sistemas neuro-músculo-articulares e como a dor afeta a sua vida. O diagnóstico pode incluir, além do exame físico, testes funcionais e, quando necessário, exames de imagem, como raios X, ultrassom ou ressonância magnética.

“A partir daí, elaboramos um plano de tratamento individualizado, que pode incluir exercícios terapêuticos, meios físicos, medicamentos, técnicas como acupuntura, eletroterapia, bloqueios e infiltrações. Quase sempre o paciente conta também com o apoio e bom diagnóstico na área psicológica”, explica Musse.

O cuidado dos pacientes complexos pode envolver, além do médico fisiatra, uma equipe multidisciplinar com o objetivo de recuperar a funcionalidade do corpo do paciente e lhe proporcionar bem-estar e qualidade de vida. “Ao contrário do que muitos pensam, o objetivo do tratamento da dor crônica não é necessariamente ‘tirar a dor’, mas permitir que a pessoa volte a viver e integre-se na sua família e comunidade com a maior independência possível”, pontua o diretor da ABMFR. Com o acompanhamento do médico fisiatra, é possível reduzir a dor, diminuir o uso de medicações, evitar cirurgias frustrantes e retomar a autonomia e o prazer nas atividades do dia a dia.