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Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 23:47
- Atualizado há 2 anos
A empregada doméstica da família encontrada morta dentro de um apartamento em um prédio de luxo de São Paulo presenciou o crime, diz a polícia da região. O delegado que investiga o caso, Daniel Cohen, disse em entrevista ao G1 São Paulo que a funcionária chegou ao apartamento localizado na Rua Passo da Pátria, Alto da Lapa, Zona Oeste de São Paulo, por volta das 8h. >
Ela assistiu ao crime, que aconteceu por volta das 8h20, e ligou para a polícia antes de sair correndo. A polícia suspeita que a médica pediatra Elaine Moreira Munhoz, 56 anos, tenha matado a nora, Mariana Marques Rodella, 25 anos, o filho, Giuliano Munhoz Landini, 25 anos, e depois se matado."O que foi apurado até agora é que a pessoa [Elaine] estava fazendo tratamento médico. Ela estava descontente com o filho que não estava indo bem na faculdade e na verdade de hoje, possivelmente, ela deva ter matado o filho, mais a namorada do filho e posteriormente cometeu o suicídio", disse o delegado ao G1 São Paulo. Nora e filho da médica foram mortos por ela nesta manhã(Foto: Reprodução/Facebook)>
Elaine fazia por volta de três sessões de terapia por semana, e deixou manuscritos com ffrases dispersas. Os escritos foram apreendidos e serão analisados posteriormente, para ver se algo escrito pela médica tem relação com o caso. A polícia suspeita que a nora da pediatra foi morta primeiro, enquanto dormia, com um tiro embaixo do braço e em cima do ouviu esquerdo. >
Já o filho dela, Giuliano, foi alvejado três vezes - um disparo no rosto, um próximo ao coração e outro no braço esquerdo. Depois disso, Elaine se matou com um tiro na boca. O corpo dela foi encontrado no quarto do casal, enquanto o do filho estava na sala, e o de Mariana na cama de um dos quartos da residência. >
Vizinhos do apartamento da família disseram que nunca viram uma discussão sequer entre as vítimas. A estudante Carolina Dias, que mora no andar de cima onde mãe e filho viviam, afirmou que a relação entre eles era boa. “Eu estou muito abalada. Ele era um menino exemplar e a Elaine era uma boa mãe. Não sei o que pode ter acontecido porque nunca vi uma discussão”, disse. >
Segundo vizinhos ouvidos pela reportagem, a médica pediatra Elaine Moreira Munhoz atirou e matou a namorada do filho quando ele caminhava pelas ruas da região com o cão de estimação. Ao chegar, ele teria sido baleado também e depois a mãe cometido suicídio. O filho de Elaine, Juliano, cursava o quarto ano da faculdade de Medicina. >
A Polícia Militar foi chamada após os vizinhos ouvirem barulhos de tiros dentro do apartamento, que fica no segundo andar do prédio. A médica não seria a favor do casamento do filho com a Mariana Rodella. O marido de Elaine, que também é médico, saiu para trabalhar minutos antes do crime, deixando a médica, o filho e a nora no apartamento. >
De acordo com o médico Rafael Criscuolo, que trabalhava com Elaine na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Pinheiros, a pediatra estava triste na semana passada. "Ela estava mais triste do que o habitual nesta última semana. Eu sabia que Elaine tinha um filho, mas não sei dizer se havia problema entre eles", disse Criscuolo. >
Uma empregada doméstica que trabalha em um apartamento do condomínio relatou ter ouvido um homem gritar “Não! Não!” e barulho de móveis sendo arrastados. O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, esteve no local da ocorrência. Segundo sua assessoria de imprensa, Grella é amigo de familiares de uma das vítimas. Ele teria ido ao local para prestar condolências.>
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