Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2012 às 22:21
A operadora que estava na cabine do La Tour Eiffel, que prestou depoimento nesta quarta-feira (7), foi avisada para reportar o problema a um dos funcionários responsáveis pela atração onde Gabriela Nichimura morreu. A informação é do delegado de Vinhedo, interior de São Paulo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, que finalizou os depoimentos com os funcionários que trabalhavam na operação do brinquedo no momento do acidente. Uma acareação entre eles não é descartada por ele.A expectativa agora é pelo depoimento do sênior, chamado Lucas, que teria sido o primeiro a ser avisado sobre o problema no assento da garota. "A operadora Amanda estava na cabine e foi avisada para reportar o problema ao sênior", disse Noventa Júnior.O delegado informou ainda que os cinco operadores que trabalhavam no La Tour Eiffel no momento do acidente se revezavam de hora em hora na atividade executada. “Todos que estão ali são aptos para ficar na cabine, na catraca ou na operação”.“Agora a gente vai começar a hierarquia funcional, a partir do sênior, da gerência, manutenção, a parte de gerência mecânica”, afirmou Noventa Júnior. Segundo ele, pelo menos duas pessoas devem ser ouvidas nesta quinta-feira (8), mas ainda não está definido quem serão.InvestigaçãoSegundo o delegado, dois operadores disseram que quem operava a sessão de cadeiras onde a garota estava era Edison da Silva, que foi o primeiro a prestar depoimento nesta quarta-feira. "Já teve algumas divergências. A versão do Silva diverge dos demais que foram ouvidos, o Vitor e o Marcos. Inicialmente pela posição em que eles se encontravam nas sessões", afirmou Noventa Júnior.Ainda de acordo com o delegado, a foto entregue pela família mostra que Silva estava na sessão dois e Marcos defronte a três. O operador ouvido nesta quarta-feira informou em depoimento que trabalhava no La Tour Eiffel há seis dias e sabia que o assento usado pela garota estava inativo.Cinco horas de depoimentoO depoimento de Silva à polícia durou cerca de cinco horas. Ele não falou com a imprensa nao sair, assim como fez em sua chegada à delegacia às 9h35. O operador chegou acompanhado do advogado Idalvo Mato, contratado pelo parque para representá-lo na parte criminal do processo. É o primeiro depoimento dele. Marcos Antônio Leal e Vítor Oliveira já prestaram depoimento.Ainda nesta tarde serão ouvidas outras duas operadores do La Tour Eiffel. Luciana Lima de Ribeiro, de 40 anos, e Amanda Cristina Amador, de 20 anos, chegaram à delegacia por volta das 10h30. Elas também não comentaram sobre a morte de Gabriela ao chegarem ao distrito policial. Elas estão sendo assessoradas pelo mesmo advogado de Edison da Silva. O parque está oferecendo assessoria jurídica para os funcionários que desejarem.ImagemFotos apresentadas pela família de Gabriela mostram que a adolescente estava na cadeira inativa e que dois operadores estavam circulando perto dela, mas ninguém avisou sobre o assento irregular. "Isso (Gabriela sentada na cadeira inativa) passou despercebido", disse o advogado Bichir Ale Bichir Jr, que representa os operadores Marco Antônio Tomas Leal e Vitor Igor Oliveira.Os dois operadores disseram ao delegado em depoimento que não eram responsáveis pela fiscalização do Bloco 3 do La Tour Eiffel, de onde Gabriela caiu.Sobre o acidenteO advogado do Hopi Hari, Alberto Zacharias Toron, disse que o acidente aconteceu após uma falha humana. Em entrevista ao Fantástico do dia 4 de março, o vice-presidente do Hopi Hari, Cláudio Guimarães, disse que o acidente "se deu após uma sucessão de erros". As informações são do G1.>
Foto mostra Edison momentos antes do acidente (Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução EPTV)>