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Jornalista é presa em flagrante após chamar homem de 'bicha nojenta' em shopping de luxo

O ataque ocorreu em uma cafeteria do shopping e as ofensas foram gravadas por mais de uma câmera de celular

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 15 de junho de 2025 às 19:33

Jornalista é presa em flagrante após chamar homem de 'bicha nojenta' em shopping de luxo
Jornalista é presa em flagrante após chamar homem de 'bicha nojenta' em shopping de luxo Crédito: Reprodução

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, 61 anos, foi presa em flagrante nesse sábado (14), após proferir xingamentos homofóbicos contra um homem no Shopping Iguatemi, na Zona Oeste de São Paulo. A suspeita foi gravada chamando Gabriel Galluzzi Saraiva, 39, que estava sentado ao seu lado, em uma cafeteria do shopping, de "bicha nojenta". As ofensas foram gravadas por mais de uma câmera de celular. O caso foi registrado como injúria, no 14° DP, em Pinheiros. A jornalista chamou ainda Gabriel de "assassino". Durante a discussão, ele se referiu a ela como "imbecil". As informações são do G1 SP.

O vídeo não mostra como a discussão começou, mas é possível ver a agressora nervosa e xingando o homem, que não aparece nas imagens, mas também reage de forma nervosa. Adriana disse à TV Globo que se arrependeu das ofensas e que Gabriel e os amigos estariam rindo dela. A jornalista contou que estava em uma ligação comm alguém, quando Gabriel e outras pessoas que estavam com ele a teriam mandado falar baixo e calar a boca. Ela alegou ainda que foi vítima de etarismo.

"Vou ser operada no dia 27 do joelho, vou colocar uma prótese [...]. Estou muito ansiosa, muito nervosa, comecei a chorar ao telefone. E esse grupo que estava ao lado começou a rir. Quando eles começaram a rir, eu desliguei o telefone, levantei o braço e pedi a conta. Falei 'por favor, traz a conta, eu quero ir embora'", disse, em entrevista a TV Globo. A suspeita contou ainda que Gabriel e os amigos riam dela, falaram que ela tinha que ser anestesiada. "Aí, ele se manifestou, disse 'fala baixo', 'cala a boca'. [...)]. Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de 'boiola'. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de 'velha'. [...] Sim, me arrependo", completou.

Já Gabriel contou que Adriana estava em uma mesa próxima, falando alto. Ele teria pedido a ela que tivesse mais calma na hora de falar com a atendente da cafeteria. Foi então que as agressões diretas e homofóbicas começaram, segundo ele. "Uma senhora sentada na mesa do lado começou a pedir pela conta, descontrolada, falando bem alto 'eu quero minha conta', 'eu quero ir embora', 'eu quero minha conta', 'eu quero ir embora'. Ela pedindo insistentemente, falando bem alto [...]A moça fez um sinal de que já iria. Daí intervi, falei 'calma, ela já virá, já deu o sinal'. Então, ela se descontrolou, começou a me atacar diretamente", disse.

Uma mulher que estava em uma mesa próxima presenciou a discussão e confirmou a versão de Gabriel. "Ouvi a mulher gritar com a funcionária do café, pedindo a conta, falando que queria ir ao banheiro, gritando. Aí, né, a vítima pediu para a senhora se acalmar, disse 'se acalma, ela já vai vir', e aí ela começou a falar um monte, ofender ele de todos os jeitos, falar 'pobre', 'bicha', todas as palavras de baixo calão possíveis... 'bicha nojenta', 'pobre', 'você não deveria estar aqui'", contou Giulia Podgaic. Ela acrescentou ainda que Gabriel começou a ficar nervoso, mas conseguiram retirar ele para que se acalmasse. "Ele foi para outro lugar e ela continuou a ofender. Foi uma situação horrível. Chamou ele de 'assassino' do nada. Foi uma situação muito horrível", completou.

Em nota, o shopping Iguatemi lamentou o ocorrido e reforçou seu respeito à diversidade. "O shopping lamenta a ocorrência entre os dois clientes em uma das suas operações, esclarece que prestou todo o apoio necessário e segue à disposição das autoridades competentes. O empreendimento reforça que o respeito à diversidade — em todas as suas formas — é um valor inegociável e repudia qualquer ato de discriminação e intolerância."

Já a Secretaria da Segurança Pública informou que "uma mulher de 61 anos foi presa em flagrante na tarde de sábado (14), em um shopping na Avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul da capital. Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, constataram que a mulher havia proferido ofensas homofóbicas a um homem, de 39 anos".