Kwid elétrico gasta R$ 0,06 para rodar 1 km contra R$ 0,48 do flex

No entanto, o elétrico custa duas vezes mais caro. Confira avaliação em vídeo, leia o texto e veja fotos do subcompacto que chega em agosto

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  • Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2022 às 14:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Rodolfo Buhrer/ Renault
Oferecido em versão única, a E-Tech, o carro conta com seis airbags

Com propulsão flex a combustão, o Kwid é o carro mais barato do mercado brasileiro, custa a partir de R$ 62.790. Mas a Renault quer ser protagonista também entre os elétricos, e prepara a estreia do subcompacto neste segmento, em agosto, com a configuração E-Tech, já em pré-venda por R$ 142.990.

A convite do fabricante, conheci o Kwid com propulsão elétrica em São Paulo e tive a oportunidade de avaliá-lo em um kartódromo. Não foi a situação ideal, mas possibilitou uma boa iteração com o veículo e ações mais fortes, que seriam perigosas no trânsito comum. Dê play e confira a avaliação do Kwid elétrico Esteticamente, essa nova configuração - que é produzida na China - é bem similar ao modelo fabricado no Paraná. Essa é uma das estratégias da Renault para ter um produto competitivo, com peças similares. Lanternas, portas e vários outros componentes terão o mesmo preço do modelo feito no Brasil.

O principal diferencial externo está na grade dianteira. É atrás dela que ficam as duas opções de plugue para recarga. Outra mudança foi promovida na fixação das rodas: enquanto o Kwid tradicional tem apenas três parafusos, o elétrico conta com quatro. Esse ponto é justificado pelo peso adicional, 159 kg a mais - no total, o Kwid E-Tech tem 977 kg.

Como é o elétrico A motorização elétrica, que rende 65 cv de potência e 11,5 kgfm de torque, é suprida por uma bateria de 26,8 kWh. Automático, esse Kwid tem autonomia de 265 km em ciclo misto e 298 km em ciclo urbano, segundo a norma SAE J1634 utilizada pelo Inmetro.

A recarga pode ser feita em tomada comum, em Wallbox de corrente alternada (AC) de 7 kW ou em carregadores de corrente contínua (DC). Para carregar de 15% até 80% da carga da bateria em DC, são necessários 40 minutos, em um Wallbox de 7kW, são 2h54. Já em uma tomada doméstica de 220 volts são necessárias 8h57. 

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Também é possível acumular energia de outra forma: a frenagem regenerativa permanente recupera energia a cada vez que se deixa de exercer pressão sobre o pedal do acelerador e, também, quando freia.

Para economizar, há um artifício: o modo de condução ECO. Ativado, esse modo limita a potência do propulsor a 70% da capacidade, a velocidade máxima a 100 km/h e torna a frenagem regenerativa mais atuante.

Pequeno, o Kwid ficou mais ágil por conta do torque quase instantâneo do motor elétrico. Isso deixa o carro bastante esperto nas retomadas e cumpre a aceleração de 0 a 50 km/h em 4 segundos.

Quanto custa Considerando o preço médio da gasolina em R$ 7,30 e o valor médio de 1kWh a R$ 0,66, o custo de um quilômetro rodado do Kwid E-Tech é de R$ 0,06. Esse mesmo quilômetro rodado custa R$ 0,48 em um veículo a combustão equivalente.

O interessante é que para ter esse carro você não precisa dispor dos R$ 142.900 ou do crédito para ele. Uma opção interessante é fazer a assinatura, até para entender o dia a dia a bordo de um veículo desse tipo. O recarregamento é feito na parte dianteira. Os plugs ficam atrás da grade frontal O Kwid E-Tech faz parte de um programa de assinatura, modalidade de aluguel que inclui seguro, manutenção e documentação. É possível optar por planos de um a quatro anos.

No plano padrão de 12 meses com franquia de mil quilômetros mensais, a mensalidade é de R$ 4.149. Em todos os planos, é sempre entregue um carro zero-quilômetro.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA RENAULT