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Lula classifica operação no Rio de Janeiro como desastrosa: 'houve uma matança'

Presidente ressaltou que é importante verificar em que condições a operação se deu

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Perla Ribeiro

  • Agência Brasil

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 16:30

Presidente Lula
Presidente Lula Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou que a Operação Contenção, que matou 121 pessoas no Rio de Janeiro na semana passada, foi desastrosa. Ele defendeu que legistas da Polícia Federal participem de investigação sobre a operação. "Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação. Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança", disse o presidente em entrevista a a agências internacionais, durante viagem a Belém, no Pará,  onde acontecerá a Cúpula do Clima, nos próximos dias.

“O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, disse o presidente em entrevista a agências internacionais de notícias. O presidente informou que o governo está articulando para que legistas da Polícia Federal (PF) participem do processo de investigação sobre as mortes durante a atividade policial.

O STF fará uma audiência nesta quarta-feira (5) para tratar do caso. "Nós estamos tentando essa investigação. Inclusive estamos tentando ver se é possível os legistas da policia federal participarem do processo de investigação da morte, como é que foi feito, porque tem muitos discursos, tem muita coisa", argumentou.

Lula ressaltou ainda que é importante verificar em que condições a operação se deu. "Até agora nós temos uma versão contada pela policia, contada pelo governo do estado e tem gente que quer saber se tudo aquilo aconteceu do jeito que eles falam ou se teve alguma coisa mais delicada na operação".

A Operação Contenção integrou 2500 policiais de diversas unidades fluminenses para atacar pontos estratégicos da facção Comando Vermelho em bairros dos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação teve tiroteios intensos e registrou a morte de 121 pessoas, sendo quatro delas policiais.

Moradores relatam que dezenas de corpos foram encontrados na mata, muitos deles com sinais de rendição, como mãos e pernas amarrados, e de execução e tortura. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sustenta a versão de que todos os homens que se renderam foram presos, além de afirmar que a operação “foi um sucesso”. Essa foi a operação policial mais letal da história do estado.

A Organização das Nações Unidas (ONU) já havia se manifestado favorável a uma investigação independente para "garantir responsabilização pelos fatos, interromper violações de direitos humanos e assegurar proteção a testemunhas, familiares das vítimas e defensores de direitos humanos".