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Rede Nordeste, JC
Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 11:11
- Atualizado há 2 anos
Lucinha Mota, a mãe da menina Beatriz, morta com 42 facadas dentro de uma escola particular em Petrolina, no Sertão do Estado, teve o acesso negado à coletiva de imprensa convocada pela Secretaria de Defesa Social para apresentar os detalhes sobre a identificação do suposto assassino de sua filha. De acordo com informações preliminares, Lucinha quis acompanhar a apresentação dos detalhes junto com a imprensa, o que não a foi permitido. Após exigir a liberação da entrada, a mulher foi liberada para adentrar o prédio da SDS, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.>
"Eu vou entrar. Pode ter certeza de que vou entrar. Vocês não estão lidando com nenhuma animal, nenhuma cachorro, não. São seis anos aguardando resposta e soube através da imprensa", disse revoltada a mãe da menina.>
A reportagem deste JC apurou que o secretário de Defesa Social do Estado se comprometeu a receber Lucinha após a coletiva de imprensa.>
Lucinha não foi convidada para acompanhar a coletiva tampouco recebeu informações do Estado e investigadores acerca da confirmação, dada ontem, da identificação do suposto assassino de sua filha.>
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) afirmou que chegou, nessa terça-feira (11), ao suspeito de assassinar a menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina, Sertão do Estado. De acordo com a SDS, o homem, que já estava preso por outros crimes, foi identificado por meio de análises de DNA.>
"A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado", explicou a pasta, em nota.>
No dia 10 de dezembro de 2015, em Petrolina, Beatriz foi assassinada com 42 facadas em uma sala desativada do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde estudava, quando acontecia a formatura da irmã mais velha.>
Beatriz havia se afastado para beber água e não voltou mais. O corpo dela foi encontrado 30 minutos após.>
Uma força-tarefa de delegados acompanha o caso. O inquérito, com 24 volumes, foi remetido ao Ministério Público no começo de dezembro de 2021. Há, ao todo, 442 depoimentos, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas.>
Em 2017, polícia divulgou a imagem de um suspeito que possivelmente entrou no colégio durante a festa. Uma câmera flagrou o rapaz do lado de fora, mas nenhuma imagem do lado de dentro teria registrado. Foi oferecida recompensa de R$ 10 mil.>
As informações são do Jornal do Commercio>