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Perla Ribeiro
Publicado em 10 de julho de 2025 às 13:14
O Instituto Médico Legal (IML) concluiu na manhã desta quinta-feira (10) a exumação do corpo da cachorra cuidada por Elizabete Arrabaça, acusada de envenenar e matar a filha Nathália Garnica e a nora, a professora de pilates Larissa Rodrigues. A exumação foi realizada na casa dos pais de Larissa, em Ribeirão Preto, onde o animal foi enterrado. Nathália morreu aos 42 anos, no dia 9 de fevereiro deste ano, em Pontal (SP), onde morava. Um dia antes, Elizabete esteve com a filha. O boletim de ocorrência chegou a ser registrado como morte natural. Já Larissa foi encontrada morta na manhã de 22 de março, no apartamento em que morava com o marido, no Jardim Botânico, zona sul de Ribeirão Preto (SP).>
Segundo a Polícia Civil, o objetivo é saber se o animal também foi envenenado por Elizabete. O material coletado será encaminhado para exame toxicológico na capital paulista, mas não há prazo para conclusão do laudo pericial da exumação. As informações são do G1 Ribeirão e Franca. >
Idosa é suspeita de matar filha e nora envenenadas; corpo de cachorra é exumado e será investigado também
A cadela, que se chamava Babi, morreu no final de janeiro deste ano, cerca de 15 dias antes da morte da dona, Nathália Garnica. Mãe de Nathalia, Elizabete é considerada suspeita do crime contra a filha. Ao fim da exumação da cachorra, o delegado Fernando Bravo afirmou que foram encontrados ossos e pelos do animal, que estava em avançado estado de putrefação. >
"Nós fizemos a exumação da cachorra, estava em avançado estado de putrefação, foram localizados alguns ossos e um pouco de pelo. Esse material já foi coletado pela perícia e vai ser encaminhado a São Paulo para fazer exame toxicológico", afirmou Bravo, ao G1 Ribeirão e Franca.>
Elizabete e o filho, o médico Luiz Garnica, são acusados de matar a professora de pilates Larissa envenenada com chumbinho e estão presos preventivamente. Segundo o promotor Marcus Túlio Nicolino, mãe e filho foram denunciados por feminicídio com três qualificadoras: uso de veneno, motivo torpe e cruel mediante simulação e uso de recursos que dificultaram a defesa de Larissa.>
Eles negam as acusações. O médico também responde por fraude processual, por ter alterado a cena do crime após a morte da professora. A denúncia do Ministério Público aponta que o médico planejou o crime por problemas financeiros e para evitar a partilha de bens após Larissa descobrir seu relacionamento extraconjugal.>
O advogado João Pedro Soares Damasceno, que defende a Elizabete, acompanhou a exumação e destacou que a cliente nega que tenha matado a cachorra. "Eventual laudo que venha a ser concluído, inclusive pela inconclusividade, significa que não se pode ter uma certeza do envenenamento ou não do animal. Isso para todos os fins, a Elizabete é inocente. Vamos aguardar os demais passos", citou.>