Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Médica acusada de matar o marido é achada morta em cela após voltar a ser presa

Daniele Barreto estava internada em clínica psiquiátrica, mas decisão determinou volta à cadeia

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 13:16

Daniele Barreto e José Lael de Souza Rodrigues Junior
Daniele Barreto e José Lael de Souza Rodrigues Junior Crédito: Reprodução

A médica Daniele Barreto, de 46 anos, foi encontrada morta na cela do presídio horas depois de voltar a ser presa pela acusação de matar o marido, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Junior, de 42 anos. O crime aconteceu em outubro de 2024 na cidade de Aracaju.

Daniele, que estava internada desde o dia 1º e uma clínica psiquiátrica, passou por nova audiência de custódia, que determinou retorno ao presídio de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe. Na audiência, ficou determinado que Daniele teria tratamento para o Transtorno de Personalidade Borderline na própria cadeia.

Daniele Barreto e José Lael de Souza Rodrigues Junior por Reprodução

Antes de ser internada na clínica, a médica estava em prisão domiciliar, que acabou revogada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto.

Um dia depois de voltar à cadeia, Daniele foi encontrada na cela com sinais que indicavam suicídio, segundo a Secretaria de Justiça de Sergipe. O caso será investigado pelas autoridades sergipanas.

Disputa judicial

Daniele foi presa em 12 de novembro do ano passado, ao lado de outras seis pessoas suspeitas de envolvimento na morte do marido dela. 

Na época, ela foi encaminhada para o mesmo presídio feminino em Nossa Senhora do Socorro, depois de passar um período detida em uma delegacia da capital sergipana.

Já em maio desse ano, a prisão de Daniele foi convertida para domiciliar, quando ela voltou para casa. No dia 1º desse mês, ela foi levada para internamento na clínica psiquiátrica, de onde saiu após determinação que voltasse à cadeia.

Relembre o crime

Daniele é acusada de ordenar a morte do marido, o advogado criminalista José Lael Rodrigues Junior, de 42 anos, assassinado a tiros no dia 18 de outubro de 2024, em Aracaju. Dois homens de moto acompanharam o carro em que o advogado estava com o filho e atiraram nos dois. O filho sobreviveu, mas o advogado não resistiu.

Segundo a polícia, o advogado e o filho foram seguidos desde que saíram de casa. Lael e o filho foram até a lanchonete a pedido da própria Daniela.

"Eles foram comprar um açaí para consumirem em casa. Isso foi um pedido da esposa", diz a delegada Juliana Alcoforado, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Câmeras de segurança registraram uma imagem que mostra que um carro chegou no momento em que Lael e o filho saíram do prédio. O veículo acompanhou as vítimas e participou do crime. A delegada diz que ao ver isso, a polícia notou que havia informações privilegiadas por parte dos criminosos. "Alguém passou o momento exato em que eles saíram de casa. Fomos investigar e vimos que só a esposa estava em casa", diz a delegada, de acordo com o Uol.

Além do carro, uma moto com duas pessoas acompanharam o advogado e o filho. Eles pararam para comprar o açaí e na volta continuaram sendo seguidos. Em um retorno, a moto emparelhou com o carro e começaram os tiros.

O casal tinha muitos conflitos. "Existia até a suspeita, por parte da vítima, de caso extraconjugal que teria levado a uma briga ocorrida entre o casal na véspera. Temos imagens dessa discussão que ocorreu onde a esposa tem uma clínica", explica a delegada.

Os assassinos foram contratados pela médica com ajuda da secretária e de uma amiga, diz a polícia."Temos imagens tanto da esposa, quanto de sua amiga, em um bairro periférico (onde os executores teriam sido contratados) alguns dias antes. Inclusive, no dia do crime, a amiga e a secretária da esposa estavam nesse bairro, em um carro, e receberam os dois indivíduos responsáveis pela ação delitiva. A partir daí não havia mais dúvidas da participação delas também no crime", avalia a delegada.

As imagens também mostram duas mulheres dentro do veículo Polo, que teriam orientado os atiradores na moto. Logo quando pai e filho saem da lanchonete, uma delas faz um sinal para a moto acompanhar. As duas mulheres seriam a secretária e a amiga da médica.