Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Tharsila Prates
Publicado em 8 de julho de 2025 às 21:47
"Juliana Marins, jovem publicitária niteroiense que amava Niterói e queria descobrir o mundo. Sua lembrança será sempre sinal de respeito ao que é belo." Assim a carioca que morreu após cair em uma trilha do monte Rinjani, na Indonésia, é descrita na placa em sua homenagem inaugurada nesta terça-feira (8), em Niterói (RJ).>
O Mirante e a Trilha Juliana Marins ficam na Praia do Sossego, em Camboinha, e foram entregues pelo prefeito Rodrigo Neves, com a presença da família de Juliana.>
“É muito importante para a gente, nesse momento, estar aqui nesta homenagem. Esse era um local que a Juliana amava muito. Ter a Juliana personificada aqui, uma praia onde as ondas são muito agitadas, onde o sol é lindo, mas ao mesmo tempo é muita calmaria, representa o que Juliana era. É muito emocionante saber que ela estará aqui pertinho da gente para sempre. Agradeço muito essa homenagem e, de uma forma estranha, eu estou feliz com esse momento. Apesar de tudo que a gente viveu nesses últimos dias, a gente conseguiu se despedir da Juliana”, afirmou a irmã Mariana.>
Manoel, pai de Juliana, disse que será um visitante assíduo da Praia do Sossego. “Quero agradecer pela homenagem, pelo carinho, pelo acolhimento, pela humanidade com que o prefeito lidou com a gente desde os primeiros momentos. Apesar da tragédia, essa homenagem aquece um pouco o nosso coração. Virei ao mirante com frequência”, disse Manoel.>
Ainda durante a inauguração, jovens apresentaram músicas especiais para Juliana por sugestão dos familiares da jovem. Entre as composições, estavam “Água de chuva no mar”, eternizada na voz de Beth Carvalho, e “Várias Queixas”, composição do Olodum, regravada pelos Gilsons.>
A mãe de Juliana Marins agradeceu o apoio e o carinho que recebeu de muitas pessoas anônimas. “Quero também agradecer às pessoas que nos acolheram e que nos abraçaram, aqueles desconhecidos e anônimos. Obrigada a todos que nos enviaram carinho, enviaram mensagens e nos abraçaram de um modo todo especial, porque isso tem nos confortado. Ouvi falarem que 'essa família não chora'. A gente chora, mas a gente tem um conforto muito grande, porque temos um Deus que segura a nossa mão e que também foi o Deus que segurou a mão da Juliana”, reforçou Estela.>
O corpo de Juliana Marins foi enterrado na sexta-feira passada (4), no Cemitério Parque da Colina, em Niterói.>