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Moraes libera conta bancária de empresários bolsonaristas

São investigados por suposta integração em um esquema de financiamento de atos antidemocráticos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2022 às 17:12

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o desbloqueio das contas bancárias de oito empresários bolsonaristas. Eles são investigados por suposta integração em um esquema de financiamento de atos antidemocráticos durante o feriado nacional da Independência.

Os empresários são Luciano Hang, Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurelio Raymundo, Luiz André Tissot e Meyer Joseph Nigri. Nas conversas entre eles, defenderam uma ruptura democrática caso o presidente Jair Bolsonaro perca as eleições de outubro.

Segundo Moraes, o desbloqueia se justifica por já ter passado o feriado de 7 de setembro e após o afastamento do sigilo bancário dos investigados, o que possibilitará o aprofundamento da investigação.

Medida urgente

Na decisão, o ministro destacou que os empresários, em trocas de mensagens pelo WhatsApp, declararam expressamente a intenção de desestabilizar as instituições democráticas, com ameaça à segurança dos ministros do STF.

Segundo o relator, o bloqueio das contas bancárias foi medida adequada e urgente, diante dos indícios da atuação dos empresários para fornecer recursos para fins escusos nos atos do 7 de setembro.

As condutas verificadas podem configurar os crimes de incitação de animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Bolsonaro ataca Moraes

O presidente Jair Bolsonaro chamou de 'vagabundo' o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no início desse mês. Em evento de mulheres no Rio Grande do Sul, Bolsonaro se referiu a Moraes sem mencionar seu nome ao dizer que ele deu uma ‘canetada’, em referência à decisão do ministro que autorizou ação contra oito empresários bolsonaristas que estariam conspirando contra a democracia em grupos de WhatsApp.

"Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa que vai querer roubar a nossa liberdade. Mais vagabundo do que esse que está ouvindo a conversa é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo" disse Bolsonaro durante o encontro "Mulheres pela Vida e pela Família", realizado na Fenac, em Novo Hamburgo (RS), na região do Vale dos Sinos, pelo Partido Liberal.

A PF apreendeu celulares, computadores e outros equipamentos em endereços ligados aos oito empresários. As conversas deles foram divulgadas pelo portal Metrópoles. Moraes incluiu os empresários no inquérito que investiga atos antidemocráticos no país - alguns deles já eram alvos.