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Polícia investiga se adolescente achada morta com cabeça raspada foi levada para cativeiro e torturada

Pelo menos sete pessoas são investigadas por participação na morte de adolescente

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 7 de março de 2025 às 08:03

Vitoria Regina Sousa
Vitoria Regina Sousa Crédito: Reprodução

Pelo menos sete pessoas são investigadas pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de terem participado, de alguma forma, da morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. As investigações apontam que o crime pode ter sido motivado por vingança e ameaça. Na primeira hipótese, é apurado se alguma pessoa teria motivo para mandar matar Vitória. Na segunda possibilidade, é investigado quem ameaçou a adolescente recentemente, segundo familiares relataram à polícia. Segundo a polícia, quem matou Vitória, provavelmente, mora no mesmo bairro que a adolescente vivia com a família. A polícia apura ainda se ela foi levada para algum cativeiro, onde pode ter sido torturada até a morte, sendo depois colocada novamente na área de mata.

Além do ex-namorado de Vitória, mais seis pessoas são investigadas: um 'ficante', dois jovens que entraram com a adolescente no ônibus a caminho da casa dela, outros dois homens que estavam no carro e a assediaram, e um rapaz que teria emprestado o veículo a eles e deixou o bairro. "Essa pessoa sumiu de lá de perto da casa da [Vitória]. Já localizamos várias pistas e estamos trabalhando em cima disso. Ele também é investigado. Aliás, é o mais forte investigado", afirmou ao G1 SP o delegado seccional de Franco da Rocha, Aldo Galiano, que assessora a delegacia de Cajamar nas investigações. Segundo o delegado, esse morador é um dos suspeitos investigados.

Até esse momento, não há confirmação de que os investigados participaram diretamente do assassinato. Apesar disso, a polícia quer saber se eles tiveram algum tipo de envolvimento, desde dando informações a quem a matou, até oferecendo veículos para eventualmente seguirem a vítima, mas nada foi confirmado ainda. Para a investigação, mais de uma pessoa cometeu o homicídio. Até o momento, nenhum suspeito de participação no sumiço e homicídio de Vitória foi preso. A polícia também não identificou ainda o mandante nem que executou o assassinato da adolescente.

A delegacia de Cajamar chegou a pedir a prisão temporária do ex-namorado da adolescente, mas a Justiça negou, alegando que não havia suspeitas de que ele cometeu o homicídio. O motivo da prisão, segundo a polícia, foi o fato de haver divergências no depoimento dele. O rapaz compareceu nessa quinta-feira (6) à delegacia, onde prestou depoimento como investigado. O delegado seccional de Franco da Rocha, Aldo Galiano, que assessora a delegacia de Cajamar nas investigações, informou ao G1 SP que ainda não há indícios de que o ex-namorado de Vitória tenha participado diretamente no assassinato da jovem.

Mesmo assim, ele é investigado por suspeita de que possa ter algum tipo de envolvimento no caso. "Há uma grande suspeita de que ele não teria participado do crime [homicídio], mas que saberia que o crime seria executado", disse Galiano ainda na quinta, em entrevista ao Bom Dia SP da TV Globo. A investigação é feita sob sigilo para não atrapalhar as investigações. Segundo a polícia, 14 pessoas já foram ouvidas.

Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro em Cajamar, na Grande São Paulo. Nesse dia, após sair do shopping onde trabalhava, ela foi vista em imagens de câmeras da região caminhando até um ponto de ônibus. A adolescente ainda chegou a enviar mensagens para uma amiga dizendo que estava com medo de dois homens que estavam num carro e a assediaram e de outros dois rapazes que depois entraram com ela no coletivo. Testemunhas contaram ao G1 SP que Vitória desceu sozinha no ponto final em Ponunduva, bairro da zona rural de Cajamar, onde morava com a família. Depois disso, não teria sido mais vista.

Os pais dela registraram boletim de ocorrência na delegacia da cidade para comunicar o desaparecimento. Também procuraram a imprensa, pedindo ajuda na divulgação do caso. Após uma semana de buscas, cães farejadores da Guarda Civil Municipal (GCM) encontraram o cadáver da garota nessa quarta-feira (5). Ele estava nu, com a cabeça raspada e machucado. Vitória foi reconhecida por familiares que identificaram as tatuagens e piercing da moça. Uma perícia irá apontar a causa da morte e que tipo de violência a adolescente sofreu. O corpo dela foi velado no ginásio municipal e enterrado sob forte comoção, no cemitério da cidade, nessa quinta-feira (6).