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Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2017 às 20:06
- Atualizado há 2 anos
O Senado aprovou em primeiro turno nesta quarta-feira (26) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a prerrogativa do foro para autoridades que praticarem crimes comuns, como corrupção e roubo. A PEC teve 75 votos a favor e nenhum contra. Agora, precisa ainda passar por um segundo turno de votação no Senado e depois segue para a Câmara dos Deputados, onde também precisa ser aprovada em duas votações.>
A lei que vigora atualmente determina que os políticos têm direito a ser investigados e julgados somente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - ou, no caso de governadores, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e prefeitos nos Tribunais de Justiça.(Foto: ABr)Com a nova proposta, as autoridades devem ser julgadas na primeira instância do estado onde o crime tiver acontecido. O projeto tem exceções para presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF, emenda de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acolhida pelo relator Randolfe Rodrigues (Rede-AP).>
Em caso de crimes de responsabilidade, previstos para ministros, presidente da República e ministros do STF, a prerrogativa continua. Cabe ao Congresso Nacional processar essas autoridades em crimes do tipo, conforme determinação da Constituição.>
Atualmente, mais de 30 mil pessoas têm prerrogativa de foro no país, incluindo ainda juízes, procuradores e desembargadores. >
Casos Nos casos que estão andamento, se a PEC for realmente efetivada, será preciso remeter os processos para a primeira instância. >
"Cai o foro privilegiado e o processo cai para o juiz e para o promotor da primeira instância. Todos que estão com foro no STF e estão respondendo processo, recai para a instância judicial respectiva, que é o juiz federal da primeira instância”, afirma Randolfe. “Se for acusação no âmbito da Operação Lava Jato, para a vara federal de Curitiba ou a vara que estiver fazendo a investigação. Vale para todos os processos em andamento", explica.>