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Suicídio forjado: investigação mostra que militar foi morto por colega em alojamento

Atirador estaria brincando com a arma quando disparou; inicialmente caso foi tratado como suicídio

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 30 de junho de 2025 às 07:47

Wenderson Nunes Otávio
Wenderson Nunes Otávio Crédito: Reprodução

O Ministério Público Militar do Rio de Janeiro (MPM) encerrou as investigações sobre a morte do militar Wenderson Nunes Otávio, de 19 anos, e rejeitou a hipótese de suicídio inicialmente divulgada. O caso foi revelado pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Segundo a denúncia do MPM, Wenderson morreu após levar um tiro na cabeça, com a bala entrando em diagonal no crânio, quando estava dentro do alojamento do quartel, no Rio de Janeiro. O autor do disparo teria sido o ex-soldado do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, Jonas Gomes Figueira. O órgão também indiciou um terceiro sargento, responsável pela fiscalização das armas no alojamento, local onde o uso de armamento é proibido.

Testemunhas relataram que Figueira teria apontado uma pistola 9mm para Wenderson, achando que a arma não estava carregada, em uma brincadeira. O disparo ocorreu enquanto a vítima calçava um coturno, sentada. De acordo com depoimentos colhidos pelo Fantástico, o ex-soldado tinha o hábito de brincar com armas no alojamento.

Família rejeitou versão do suicídio desde o início

O Exército havia informado à família que Wenderson teria cometido suicídio após uma discussão com a namorada. No entanto, a versão foi desmentida. A jovem negou que houvesse problemas no relacionamento e afirmou que o militar não tinha motivos para tirar a própria vida.

Após a morte, um comandante do batalhão teria reunido os militares e determinado que a versão oficial seria suicídio, além de orientar os soldados a não falarem sobre o caso.

Defesa diz que inocência será provada

Os advogados de Jonas Figueira declararam que a inocência do acusado será confirmada ao final do processo. "A defesa de Jonas Figueira se manifestou por nota e diz que recebe com tranquilidade a denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar por suposta autoria atribuída a este no crime de homicídio qualificado e que entende que não há justa causa para a presente ação ou para uma futura condenação de Jonas pelos crimes que lhe são imputados", afirmaram.

O Exército, por sua vez, emitiu nota dizendo que agiu para "garantir a lisura do processo e minimizar a disseminação de informações inverídicas". O Centro de Comunicação Social da instituição afirmou que todas as ações do Comando do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista seguiram as normas e atribuições regimentais.