Dá para se proteger da nova variante da covid-19 no Carnaval? Infectologistas respondem

Sublinhagens da Ômicron foram detectadas em Salvador e mais 16 cidades baianas

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  • Wendel de Novais

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 07:30

A chegada de sublinhagens da Ômicron, variante da covid-19, em Salvador – e outras 16 cidades na Bahia – acende um sinal de atenção nas vésperas do Carnaval. Apesar da capital estar longe de índices de infecção e ocupação de leitos por conta do vírus, ninguém quer ficar doente na boca da festa. Mas dá para não ser pego pelo coronavírus enquanto aproveita a festa? Para a infectologista Clarissa Ramos, quem quer curtir na Barra, no Campo Grande, no Pelourinho ou em qualquer lugar que tenha folia, a multidão que é inerente aos circuitos atrapalha a missão.

“Para quem não quer adoecer, o ideal é que não curta o Carnaval porque não tem como se proteger devidamente, uma vez que você vai estar no meio da multidão. Para ficar livre de pegar, você teria que evitar o contato com pessoas e isso não é possível no Carnaval. Então, o que eu recomendo, principalmente, é que, quem está doente, não saia. Isso para evitar a transmissão, que é bem mais alta nas pessoas sintomáticas”, orienta a médica.

Matheus Todt, que também é infectologista, acrescenta que não é só o fato de ter aglomerações nos circuitos que aumenta o risco de contaminação. “Esse momento, principalmente na Bahia, que tem um grande fluxo de turista, favorece a disseminação, infelizmente. Então, o ideal seria que pessoas doentes, obviamente, não fossem a espaços com outras pessoas, usassem máscara e não frequentassem lugares com muitos foliões”, indica Todt.

Os dois médicos sustentam como principal forma de proteção manter a vacina atualizada. “A nível de prevenção nessa época, como a gente vai ter proximidade para quem quer curtir, o ideal é que tenha vacinação em dia. O uso de máscara em Carnaval, por exemplo, pode até ser feito. Agora, a pessoa vai estar suada, vai beber água, vai manipular a máscara e vai acabar fazendo um uso inadequado”, completa Clarissa.

As novas sublinhagens da Ômicron têm alto contágio, de acordo com infectologistas, mas não costumam desenvolver formas mais graves dos sintomas.

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