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Depois do auge, Márcia Freire redescobre carnavais longe do trio

Cantora quer voltar ao trio, mas diz ter ressignificado a folia

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Santana
  • Fernanda Santana

Publicado em 13 de fevereiro de 2024 às 14:59

Márcia Freire
Márcia Freire Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Aos cinco anos, Márcia Freire, 54 anos, viu um trio elétrico pela primeira vez. Pulou tanto que voltou para casa com duas certezas. Precisaria ir ao médico para dar um jeito na perna quebrada durante o circuito, e seria cantora de axé.

O sonho se realizou em 1986, quando assumiu os vocais da Banda Cheiro de Amor. Nos 15 anos seguintes, ela viveu o carnaval de cima do trio, como planejou na infância.

"Hoje, eu vivo bem esse meu carnaval, mas no começo eu fiquei um pouco triste por não estar no carnaval, não vou ser hipócrita aqui. Eu queria estar no trio", diz Márcia.

Afastada dos trios elétricos desde que saiu do Cheiro de Amor, em 2001, ela ressignificou o próprio carnaval. Durante a folia, apresenta-se em palcos montados nos bairros de Salvador e fora da capital.

As milhões de pessoas ao lado do caminhão não estão mais lá. Nem Márcia precisa pedir a um motorista que recue ou avance o trio no circuito. "É bem diferente, mas ainda é o carnaval", compartilha a cantora de voz grave.

"Às vezes, o artista toca para muita gente, outras vezes você toca para poucas pessoas, o importante não é número, mas a alegria que você consegue passar", completa.

Mais de uma folia

Em um carnaval nos anos 90, Márcia se surpreendeu ao ver que um homem escalava o trio para lhe entregar um buquê. "Eu pensei - poxa, eu tenho um fã. Entre tantos, esse momento foi muito marcante", conta.

A história vivida pela cantora, do auge na folia às redescobertas, integra um especial produzido pelo CORREIO.

Diariamente, desde a última quarta-feira (7), o jornal publicou um episódio sobre pessoas que vivem diferentes carnavais dentro de uma só festa.

O primeiro vídeo trouxe a história de Thais Pinheiro, fisioterapeuta baiana que criou, em 2018, um bloco de crossift.

A junção improvável entre carnaval e crossfit tem atraído esportistas da cidade - e agregados não tão chegados assim em se exercitar.

O especial também trará as histórias de pessoas como Lorena Cruz, 38. Criada em um lar cristão, ela conheceu o carnaval só aos 24. Foi durante um trabalho em um camarote que debutou na folia.

Até então, vivia a folia longe da capital baiana, em retiros religiosos. "Acho que gosto disso", lembra, ainda hoje, de ter pensado. "O Carnaval nos lembra que a vida pode ser simples", filosofa a empreendedora digital que adora música baiana.

O Correio Folia tem apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.